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Sem mistério, Palmeiras empata
e cai duas posições no Brasileiro
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem o mistério fez o Palmeiras
retornar ao topo do Brasileiro.
Ontem à noite, o time empatou
por 0 a 0 com o Figueirense, manteve a invencibilidade no Parque
Antarctica, mas perdeu duas posições. Caiu para o quarto lugar
do Nacional, com 31 pontos.
A equipe de Estevam Soares,
que não perde há 20 jogos em seu
estádio, ainda desperdiçou um
Pênalti no segundo tempo.
"Foi um jogo muito duro. Eles
marcam forte e perdemos muitas
chances", lamentou o meia Pedrinho ao final do jogo.
No treinamento que antecedeu
a partida, Soares driblou a imprensa e realizou um trabalho secreto com seus comandados.
Ensaiou jogadas com eles, mas
na prática não conseguiu surpreender os catarinenses.
O treinador, que acenou escalar
a equipe com um atacante, resolveu de última hora colocar um
homem a mais na frente. Thiago
Gentil e Kahê formaram a dupla
ofensiva. A opção se mostrou
acertada, mas esbarrou nos erros
de finalização e na boa performance do goleiro Édson Bastos.
O camisa 1 do time catarinense
começou a aparecer na partida logo aos 3min, ao espalmar chute de
Kahê para escanteio.
Em seguida, ele viu bola de Corrêa tocar a trave após cobrança de
escanteio. Recuado, o time catarinense era perigoso nos contra-ataques. E obrigou o palmeirense
Sérgio a boas defesas em chutes
de Bilu e Marlon.
A equipe do Parque Antarctica,
porém, continuava pressionando
o adversário. Com boa postura
defensiva e velocidade na saída de
bola, o Palmeiras conseguia envolver o rival.
Com boa movimentação, Thiago Gentil protagonizava as melhores chances do time, que quando não saiam paravam nas mãos
do goleiro.
No segundo tempo, Édson Bastos se tornou o personagem principal do jogo. Aos 6min, Pedrinho
foi derrubado na área. Pênalti. Élson cobrou no canto esquerdo,
mas o goleiro fez grande defesa.
A chance perdida fez com que o
técnico palmeirense colocasse um
atacante a mais em campo. Rafael
Marques entrou no lugar do lateral-esquerdo Lúcio, que deixou o
gramado sob vaias.
Nem assim a barreira catarinense foi vencida. A bola chegava
com dificuldade aos três homens
de frente e o jogo aéreo, especialidade palmeirense, não funcionou. Assim, Soares sacou Kahê e
colocou o meia Diego Souza.
O time voltou a pressionar o rival, mas lá estava Bastos de novo.
Primeiro ele defendeu falta de
Corrêa, aos 32min.
Depois, Magrão tabelou com
Diego Souza, invadiu a área e chutou para outra ótima defesa de
Bastos. Por fim, o goleiro ainda
evitou o gol palmeirense ao cortar
cruzamento de Côrrea para Rafael Marques.
"Estou muito contente com minha atuação hoje. Esse empate ficou de bom tamanho para a gente", disse Bastos, que somou seis
defesas difíceis e 12 intervenções,
segundo o Datafolha.
"Em casa não poderíamos deixar passar batido, mas eles conseguiram nos segurar", disse o goleiro Sérgio, que teve menos trabalho que o colega ontem.
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