São Paulo, domingo, 25 de julho de 2004

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Sem mistério, Palmeiras empata e cai duas posições no Brasileiro

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Nem o mistério fez o Palmeiras retornar ao topo do Brasileiro. Ontem à noite, o time empatou por 0 a 0 com o Figueirense, manteve a invencibilidade no Parque Antarctica, mas perdeu duas posições. Caiu para o quarto lugar do Nacional, com 31 pontos.
A equipe de Estevam Soares, que não perde há 20 jogos em seu estádio, ainda desperdiçou um Pênalti no segundo tempo.
"Foi um jogo muito duro. Eles marcam forte e perdemos muitas chances", lamentou o meia Pedrinho ao final do jogo.
No treinamento que antecedeu a partida, Soares driblou a imprensa e realizou um trabalho secreto com seus comandados.
Ensaiou jogadas com eles, mas na prática não conseguiu surpreender os catarinenses.
O treinador, que acenou escalar a equipe com um atacante, resolveu de última hora colocar um homem a mais na frente. Thiago Gentil e Kahê formaram a dupla ofensiva. A opção se mostrou acertada, mas esbarrou nos erros de finalização e na boa performance do goleiro Édson Bastos.
O camisa 1 do time catarinense começou a aparecer na partida logo aos 3min, ao espalmar chute de Kahê para escanteio.
Em seguida, ele viu bola de Corrêa tocar a trave após cobrança de escanteio. Recuado, o time catarinense era perigoso nos contra-ataques. E obrigou o palmeirense Sérgio a boas defesas em chutes de Bilu e Marlon.
A equipe do Parque Antarctica, porém, continuava pressionando o adversário. Com boa postura defensiva e velocidade na saída de bola, o Palmeiras conseguia envolver o rival.
Com boa movimentação, Thiago Gentil protagonizava as melhores chances do time, que quando não saiam paravam nas mãos do goleiro.
No segundo tempo, Édson Bastos se tornou o personagem principal do jogo. Aos 6min, Pedrinho foi derrubado na área. Pênalti. Élson cobrou no canto esquerdo, mas o goleiro fez grande defesa.
A chance perdida fez com que o técnico palmeirense colocasse um atacante a mais em campo. Rafael Marques entrou no lugar do lateral-esquerdo Lúcio, que deixou o gramado sob vaias.
Nem assim a barreira catarinense foi vencida. A bola chegava com dificuldade aos três homens de frente e o jogo aéreo, especialidade palmeirense, não funcionou. Assim, Soares sacou Kahê e colocou o meia Diego Souza.
O time voltou a pressionar o rival, mas lá estava Bastos de novo. Primeiro ele defendeu falta de Corrêa, aos 32min.
Depois, Magrão tabelou com Diego Souza, invadiu a área e chutou para outra ótima defesa de Bastos. Por fim, o goleiro ainda evitou o gol palmeirense ao cortar cruzamento de Côrrea para Rafael Marques.
"Estou muito contente com minha atuação hoje. Esse empate ficou de bom tamanho para a gente", disse Bastos, que somou seis defesas difíceis e 12 intervenções, segundo o Datafolha.
"Em casa não poderíamos deixar passar batido, mas eles conseguiram nos segurar", disse o goleiro Sérgio, que teve menos trabalho que o colega ontem.


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