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ORIENTE-SE/COPA 2002
Saideira
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
Foi bem legal.
A Copa começa nesta semana, o que significa que esta coluna, com este formato, acaba aqui.
O espaço que ofereceu informações, curiosidades, idéias, recordes e antecipou prováveis acontecimentos e notícias que marcarão
a primeira Copa do século 21 dará
lugar a um caderno especial, que
certamente será bem bacana.
Por isso o tom desta coluna é de
despedida. Praticamente todo
mundo que vai estar no Copa deste ano já está na Ásia. Não há
mais o que preparar, nem em times nem em colunas sobre o torneio. Agora a teoria dá lugar à
prática, à competição mesmo
(palpite, aposta e tendência ficam
menores quando a bola rola).
A Copa mais cheia de novidades da história vai começar, mas
muita coisa não será modificada,
muitas marcas sobreviverão ao
Mundial asiático. Pelé, por exemplo, continuará sendo o único jogador tricampeão mundial. Seguirá como o mais jovem campeão mundial. E, ao lado do alemão Seeler, manterá o recorde de
ter marcado em quatro Copas diferentes (1958, 1962, 1966 e 1970).
O camaronês Roger Milla será
pelo menos até 2006 oficialmente
o jogador mais velho a atuar e a
marcar em Copas (especula-se
que alguns atletas nigerianos poderão atuar agora com 42 anos
ou até mais, na condição de ""gatos", mas nada comprovado).
A maior goleada dos Mundiais
ainda será o 10 a 1 da Hungria em
El Salvador, em 1982, e o jogo com
mais gols das Copas persistirá:
Áustria 7 x 5 Suíça, em 1954.
O alemão Matthaus e o mexicano Carbajal serão os únicos, como
já são agora, a ter atuado em cinco Copas do Mundo. O México
manterá seu recorde de derrotas
consecutivas (nove, entre 1930 e
1958). O italiano Zoff seguirá sendo o campeão mais idoso (40
anos). O inglês Platt, até pela
morte súbita, dificilmente deixará de ser o autor do gol mais tardio de jogo de Copa (aos 119min,
contra a Bélgica, em 1990).
A média histórica de público alcançada nos EUA (quase 69 mil
pagantes por jogo) não será batida. O recorde de pessoas em uma
partida não será superado (200
mil na final de 1950) nem será
quebrado às avessas (só 300 viram Romênia x Peru em 1930).
Em 2006, o Brasil jogará a Copa
(acredito) ainda como o país com
mais títulos e com maior número
de participações no evento.
Após o Mundial deste ano
(acredito) a coluna voltará. Em
seu tamanho original, é verdade
(meia página é apenas de quatro
em quatro anos), mas voltará.
Na primeira coluna desta série
especial, publicada no dia 10 de
março, fiz meio que uma ligação
da Copa da França, em 1998, com
o Mundial-2002 (Adieu). Nada
mais justo que terminar esta série
de colunas com uma ligação com
a Copa da Alemanha, em 2006.
Auf Wiedersehen!
rbueno@folhasp.com.br
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