São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 2002

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Semifinal testa garra dos brasileiros

DOS ENVIADOS A SAITAMA

A seleção brasileira mais aguerrida da história, definição do técnico Luiz Felipe Scolari para a equipe nacional que disputa a Copa na Ásia, tem hoje seu principal teste de garra e disposição.
A Turquia promete muita luta, especialmente por ter perdido a primeira partida para o Brasil por 2 a 1 com um gol de pênalti, que não existiu, nos minutos finais.
O técnico turco Senol Gunes chegou a provocar a seleção brasileira dizendo que vencerá a equipe de Scolari devido à grande vontade de seus atletas em vingar a derrota da primeira fase.
""Quem tem boca fala o que quer e às vezes ouve o que não quer. Depois do jogo a gente manda o recado", declarou o atacante Edílson, que poderá começar a partida de hoje como titular.
"Eles estão querendo apenas provocar, criar clima ruim. A gente só precisa entrar em campo e jogar futebol", disse Juninho, outro que pode iniciar a partida.
Os jogadores brasileiros compraram o discurso de Scolari e afirmam estar com um espírito de luta incomum para a seleção.
"Força de vontade o Brasil teve de sobra nos jogos da Copa. Aprendemos a igualar no físico. Se fizermos isso, na técnica o Brasil leva vantagem", falou Juninho.
A expulsão de dois jogadores turcos na estréia e a simulação de Rivaldo -caiu no chão com as mãos no rosto após ter sido atingido por uma bolada na perna- tornam o jogo nervoso.
Américo Faria, administrador da seleção nacional, também exaltou a força do grupo.
"O Scolari foi muito feliz nos jogadores que escolheu para a Copa. Não vou comparar grupos e dizer que esta é a seleção mais aguerrida. Mas eles mostraram contra uma Inglaterra, com dez homens, uma grande disposição. O Brasil sempre teve muita técnica. Scolari aliou a isso a força."
Na opinião de Faria, não há estrelas no time. ""Em cada jogo da Copa é um atleta que se destaca mais. A estrela é a seleção."
Os jogadores, a maioria unida também no discurso contra o favoritismo, dizem que a Turquia está em ascensão na competição e que será um adversário perigoso.
"Aquela primeira partida não serve de parâmetro para mais nada. Eles melhoraram muito na Copa", disse o goleiro Marcos.
"Não somos favoritos contra a Turquia. Aprendemos com a derrota de 1998", declarou o lateral Cafu. (FV, FM, JAB, RBU E SR)


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