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Ferrari já sabia que motor podia estourar
Problema com Raikkonen foi semelhante ao de Massa
DA REPORTAGEM LOCAL
Dois motores estourados em
duas corridas seguidas, quatro
na temporada. E ontem, um dia
após o GP da Europa, a Ferrari
realizou uma reunião de emergência para tentar esclarecer as
causas de tantos problemas.
Nem a vitória de Felipe Massa em Valencia, que o devolveu
à vice-liderança do Mundial de
F-1, acalmou os ânimos na sede
da escuderia, em Maranello, já
que desde 1995 o time não vê
quatro de seus propulsores estourarem em uma temporada.
Tanto que Luca di Montezemolo, presidente ferrarista,
conduziu o encontro pessoalmente para tentar descobrir o
que causou o problema no motor da Ferrari de Massa a três
voltas do fim da corrida na
Hungria e de nova falha anteontem, que fez com que Kimi
Raikkonen abandonasse a prova quando era o sexto colocado.
De acordo com o time italiano, o propulsor estourado de
Raikkonen chegou na manhã
de ontem à Itália e, segundo as
primeiras análises, um problema na biela causou a quebra.
Novas e profundas investigações estão sendo feitas para saber o que causou o problema,
mas a equipe imagina que seja
do mesmo tipo do que aconteceu na Hungria com Massa.
A Ferrari admitiu, porém,
que seus engenheiros já sabiam
que havia um grande risco de
ocorrer uma falha no motor
056 usado por Raikkonen na
corrida de anteontem, já que
ele estava em seu segundo final
de semana e as bielas utilizadas
eram do mesmo lote das do motor do brasileiro que estourou.
Apesar de saber da possibilidade de quebra, a escuderia italiana optou em não trocar o
propulsor de Raikkonen porque o piloto perderia dez posições no grid e, em um circuito
com poucas chances de ultrapassagem, como Valencia, seria
dificílimo marcar pontos.
Mas a "bronca" de Montezemolo não parou nos engenheiros. A partir de hoje o time fará
um treinamento intensivo em
Monza para o GP da Bélgica, no
dia 7. Massa treina amanhã.
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