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Contra Cuca, Leão perde primeira no São Paulo e reclama de elenco
DA REPORTAGEM LOCAL
Emerson Leão sofreu sua primeira derrota no São Paulo. E já
perdeu a paciência. Após o 2 a 1
para o Grêmio, do ex-técnico são-paulino Cuca, o treinador criticou
o grupo de jogadores e reclamou
da falta de um "matador".
"O São Paulo perdeu seis jogadores importante no semestre.
Cinco para a Europa e outro para
o Santos, e não houve reposição.
Não há como organizar o time
com esse elenco. Não temos atacantes que fazem a diferença",
afirmou o técnico.
Com o revés, o São Paulo estacionou nos 50 pontos e pode perder a sexta posição hoje.
Já Cuca foi o primeiro treinador
neste Brasileiro a bater uma equipe que comandou no torneio. Antes do confronto Cuca x São Paulo, outros dez jogos desse tipo haviam ocorrido, com ampla vantagem para as "crias" (quatro vitórias e seis empates).
Sob a tutela de Cuca, os gremistas permanecem na zona de rebaixamento, com 32 pontos, mas
interromperam um jejum de 11
jogos sem vitórias no Nacional.
Como já era esperado, gremistas e são-paulinos se armaram defensivamente. A "filosofia" de primeiro não perder para depois tentar a vitória deu a tom da partida.
No 3-5-2 de Leão e no 3-5-2 de
Cuca não havia lugar para a criatividade. Os "brucutus" se refestelavam. Num raro suspiro de inspiração no primeiro tempo, uma
jogada que lembrou o futebol:
após boa trama pela esquerda,
Cláudio Pitbull, único atleta em
campo que se diferenciava dos
demais, cabeceou para fora, com
perigo. Depois, após lambança da
defesa são-paulina, por pouco
Claudiomiro não marca. Rogério
defendeu no reflexo.
Mesmo sem empolgar, os gremistas eram mais esforçados do
que os rivais. E foram recompensados por isso.
Aos 31min, Cláudio Pitbull cobrou falta da intermediária, com
efeito, para abrir o placar. Na véspera da partida, Leão acreditava
que a bola parada poderia definir
o duelo. Decidiu naquele momento, mas em favor do adversário.
A bola parada são-paulina não
funcionava. Quando não parava
nas mãos de Márcio, goleiro do
São Paulo emprestado ao Grêmio,
ia para longe do gol.
Na melhor oportunidade, Júnior bateu falta e a bola passou
com perigo à direita.
"Precisamos concluir. Nós tocamos, temos a posse de bola, mas
não chutamos. O Grêmio teve
duas chances e fez um gol", reclamou Rogério, goleiro e capitão
são-paulino, no intervalo.
O seu pedido, entretanto, não
foi atendido. Embora dominassem o jogo no segundo tempo, os
são-paulinos pouco finalizavam.
E quando arriscavam, o goleiro
Márcio aparecia, como no chute
de Cicinho aos 15min em que espalmou para escanteio.
O Grêmio recuou e apostava
nos contragolpes. Leão, então, tirou um de seus zagueiros, Alex, e
colocou o atacante Márcio.
Não funcionou. O técnico insistiu. Tirou Nildo, apagado, e colocou Rondón. As coisas continuaram na mesma para o São Paulo,
que levou mais um golpe fatal de
Pitbull antes de terminar a partida. Aos 39min, em um contra-ataque veloz, ele recebeu, driblou
Rogério, e, livre, tocou para as redes para fechar o placar.
Aos 42min, Cicinho, de cabeça,
descontou, após cruzamento de
Júnior. O São Paulo pressionou
nos minutos finais, mas tentou
acordar muito tarde.
Colaborou o free-lance para a Agência Folha, em Porto Alegre
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