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Palmeiras tenta mudar histórico ruim fora de casa
Imbatível no Parque Antarctica, time busca hoje melhorar aproveitamento como forasteiro diante do novo líder
Equipe de Luxemburgo não ganhou nem um quarto dos pontos em confrontos fora e enfrenta Grêmio, que ainda não sucumbiu no Olímpico
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
No ano passado, o problema
era vencer em casa. Agora, o
Palmeiras figura entre os melhores do país graças ao desempenho no Parque Antarctica.
Fora dele, tem sido sofrível.
Hoje, contra o Grêmio, o clube
tenta equilibrar a equação.
No Brasileiro-08, apenas o
Internacional ostenta campanha igual à palmeirense quando joga diante de sua torcida. As
duas equipes venceram seis vezes em casa e empataram uma.
No caso do time paulista, os
90,5% de aproveitamento significam a melhor marca na era
dos pontos corridos -a partir
de 2004, já que um ano antes o
clube disputava a Série B.
Distante do Parque Antarctica, porém, a média despenca
para míseros 23,8%. Só não é
pior que o aproveitamento obtido em 2006 (17,5%), quando o
Palmeiras terminou o campeonato a um passo da zona do rebaixamento, na 16ª colocação.
"Dentro de casa, temos feito
nosso papel. O campeonato já é
difícil, jogando fora complica
ainda mais. Se também conseguirmos somar pontos fora, é o
que vai fazer a diferença", disse
o meia Diego Souza.
Em sete confrontos como visitante, o Palmeiras só venceu
um. Foi contra o Vasco (2 a 0),
pela sétima rodada. Saiu derrotado em quatro e empatou dois.
O goleiro Marcos, mesmo em
meio à euforia pelos 4 a 2 sobre
o Santos, na quinta-feira, lembrou do problema e falou que
hoje, no estádio Olímpico, o time precisa ser tão mortal quanto tem sido em casa.
O arqueiro viveu o sobe-e-desce do clube nas edições passadas do Nacional e sabe, melhor do que ninguém, que não
basta atropelar os adversários
apenas no Palestra.
Tanto é que, desde 2004, o
resultado só foi positivo quando o time balanceou melhor
seus números como mandante
e forasteiro.
Na primeira participação
palmeirense nos pontos corridos, por exemplo, o clube assegurou vaga na primeira fase da
Libertadores ganhando apenas
59,4% dos pontos em casa. Em
contrapartida, faturou 55,1%
dos pontos disputados fora.
Em 2005, não houve tanto
equilíbrio, já que a campanha
caseira (76,2%) foi superior à
"estrangeira". Mesmo assim, os
38,1% dos pontos obtidos como
visitante estão bem à frente da
atual trilha palmeirense além
dos limites de São Paulo. E
mais uma vez a vaga no torneio
intercontinental foi garantida.
"Tem que melhorar já! Não
pode mais esperar", afirmou
Diego Souza. "Temos que consolidar nossa permanência no
G4 [o clube começou a rodada
em quarto lugar]. O campeonato está chegando à metade. Se
deixar os líderes distanciarem
agora, não pegamos mais",
completou o camisa 7.
Para azar de Diego, vencer o
líder do torneio (28 pontos) significará superar um grupo invicto no Olímpico neste Brasileiro. Em sete jogos, foram cinco vitórias e dois empates.
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