São Paulo, terça-feira, 27 de setembro de 2011 |
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LOS GRINGOS ENZO PALLADINI O Normalizador
Tudo tem QUE mudar para que nada mude. Na Série A italiana, as primeiras rodadas sugeriram uma grande revolução. As pessoas pensavam primeiro em um domínio da Juventus, depois numa luta para o título que também poderia envolver Udinese e Lazio. Nada disso. A única novidade é que o campeonato tem um nível muito baixo e muitos times têm um futebol chato e aborrecido. Mas, depois de quatro jogos da temporada, ninguém pensa que o time campeão da Itália no final da temporada será uma surpresa. Pode ser o Milan, a Inter, a Juventus, talvez até o Napoli. Mas a mudança radical não pertence aos costumes italianos. A Inter começou o campeonato muito mal, mas todos compreenderam muito rapidamente que os jogadores não suportavam o técnico Gian Piero Gasperini. No time azul e preto de Milão, o grupo dos argentinos controla tudo, como todos sabem. Se os argentinos decidirem que um treinador deve ser demitido, não há esperança. Mais cedo ou mais tarde, o treinador vai embora. Na semana passada, o presidente Moratti contratou Claudio Ranieri, que tem um apelido explicativo: o Normalizador. Ranieri sentou no banco da Inter e tudo voltou absolutamente normal. O Milan também começou o campeonato muito mal. Mas mesmo aqui há uma explicação. O técnico Massimiliano Allegri teve muitos problemas com as lesões de seus jogadores, em alguns jogos teve que "inventar" uma escalação para começar a jogar. Mas agora está voltando novamente Ibrahimovic e tudo será normal, porque o sueco no Campeonato Italiano vale 40 pontos. Nesta semana, os italianos vão entender se o campeonato ainda é algo digno. Inter, Napoli e Milan jogam a segunda rodada da Liga dos Campeões. A Inter joga contra o CSKA, em Moscou, hoje, e deve provar que realmente o time voltou ao normal, como Moratti espera. O Milan deve ganhar três pontos contra o Viktoria Plzen, o Napoli deve demonstrar que o belo jogo contra o Manchester City não foi acidental. Na primeira rodada da Liga dos Campeões, houve muitos elogios, mas poucos pontos, porque Milan e Napoli empataram, e a Inter perdeu. Os elogios não vão melhorar o ranking do torneio, e agora os três italianos devem esquecer as belas palavras e pensar da luta. O futebol italiano deve tentar escapar de sua pobreza técnica e tática, senão França e Portugal vão humilhá-lo. Texto Anterior: Sócrates: Ídolo afirma buscar uma alternativa para o álcool Próximo Texto: Basquete: Brasil vence e poupa pivô para reta final de Pré-Olímpico Índice | Comunicar Erros |
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