São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 2011 |
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JUCA KFOURI Sem falta
CAIU DE MADURO, para não ser deselegante. Orlando Silva Jr. não teve papel de relevo em nada de útil durante todo o período em que esteve à frente do Ministério do Esporte. Não teve, ao contrário da propaganda do PC do B, papel algum na escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 e foi incapaz, como seus antecessores, de democratizar o acesso ao esporte no Brasil. E, ao herdar de seu antecessor Agnelo Queiroz um ministério aparelhado, apenas tratou de aprofundar tal aparelhamento, razão principal de sua queda, diga-se, com todas as provas possíveis para quem é jornalista, não policial, tão concretos são todos os indícios. Silva Jr., durante todo o governo Lula, não foi além da bajulação deslumbrada aos principais cartolas do país, numa posição de subserviência que não honrou o passado de lutas de seu partido, goste-se dele ou não. E, ao ser orientado pela nova ordem sob Dilma Rousseff, caiu em desgraça com os que bajulava, pois esses exigem a velha lealdade dos grupos mafiosos. E a "esquerda" brasileira não aprende que, em matéria de malfeitos, a direita é pós-graduada numa área em que ela ainda engatinha, no jardim de infância. O doutor Roberto Jefferson deu uma lição que se supunha aprendida, mas, como se viu na promiscuidade do PC do B com ONGs bandidas, e as palavras são do ministro caído, de nada serviu. Agora está aí o dilema de Dilma. Manter o PC do B é manter a mesma turma porque não é crível que um quadro do partido vá sangrá-lo num verdadeiro morticínio. E despertar a ira dos "comunistas" é aceitar o fuzilamento do atual governador do Distrito Federal, agora quadro do PT. Mas ela tem de agir, e rapidamente, porque, é claro, o mundo do esporte vê perplexo o país da Copa e da Olimpíada sem interlocutor confiável num momento em que o presidente do COL é intimado a depor até o próximo dia 4 na Polícia Federal por lavagem de dinheiro, sob pena de ir por coerção policial. Que situação! Não se diga, apenas, que não era previsível. Brincou-se com fogo e corre-se o risco de, daqui até 2014 -e 2016 -, os escândalos se sucederem como as ondas do mar. E navegar é preciso. blogdojuca@uol.com.br Texto Anterior: Santos: Recuperado, Ganso pode ser reforço para sábado Próximo Texto: Novos-ricos, clubes gastam como nunca Índice | Comunicar Erros |
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