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Estabilidade vira marca da era Benazzi
DA REPORTAGEM LOCAL
Com seu jeito de tiozão,
boné, calça jeans, camiseta
e palavrões ao comandar a
Portuguesa, Vagner Benazzi é, de longe, o técnico
mais longevo nesta década
na equipe, à qual chegou
em setembro de 2006.
Desde 2000, houve 20
trocas de treinadores no
Canindé. Antes de Benazzi, nenhum deles chegou a
permanecer um ano.
Quem mais se segurou,
respectivamente, com 11 e
9 meses, em 2005 e 2001,
foram Giba e Candinho,
este que em 2006 ficou só
um mês no clube, sendo
substituído por Benazzi.
""Fui contra os conselhos de amigos, que falaram para eu não vir para a
Lusa"", relembra o treinador. ""Fora o lado financeiro, o principal para eu assumir foi ter o [Antonio]
Luiz Fernandes como vice
de futebol", justifica ele.
Foi providencial, já que
Fernandes defendeu Benazzi nas oportunidades
em que a torcida adotou o
mantra de que ele é treinador de segunda divisão.
Foi, por exemplo, quando
assumiu o clube e também
ao perder quatro de seus
primeiros cinco jogos na
Série B e ao terminar o
Paulista-08 em décimo.
Não só evitou o rebaixamento à Série C ao assumir, como reconduziu o time à elite do Paulista e do
Brasileiro. Hoje busca sua
quarta vitória seguida.
""Nos primeiros meses,
sei que [Fernandez] falou,
várias vezes, se ele [Benazzi] sair, eu saio", reconhece Benazzi, que fala muitos palavrões durante as
partidas e não titubeia em
devolver em igual moeda
torcedores que o xingam,
além de muitas vezes dar a
impressão de que está
prestes a invadir o campo.
""Meu médico, o que trata do coração, não costumava assistir aos jogos da
Série B ou a A-2 [do Paulista]. Então colegas dele falaram: "Acho bom você assistir, porque qualquer
dia, você vai ter de ir atendê-lo no campo."
(EO E RV)
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