São Paulo, sábado, 28 de junho de 2008

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Estabilidade vira marca da era Benazzi

DA REPORTAGEM LOCAL

Com seu jeito de tiozão, boné, calça jeans, camiseta e palavrões ao comandar a Portuguesa, Vagner Benazzi é, de longe, o técnico mais longevo nesta década na equipe, à qual chegou em setembro de 2006.
Desde 2000, houve 20 trocas de treinadores no Canindé. Antes de Benazzi, nenhum deles chegou a permanecer um ano.
Quem mais se segurou, respectivamente, com 11 e 9 meses, em 2005 e 2001, foram Giba e Candinho, este que em 2006 ficou só um mês no clube, sendo substituído por Benazzi.
""Fui contra os conselhos de amigos, que falaram para eu não vir para a Lusa"", relembra o treinador. ""Fora o lado financeiro, o principal para eu assumir foi ter o [Antonio] Luiz Fernandes como vice de futebol", justifica ele.
Foi providencial, já que Fernandes defendeu Benazzi nas oportunidades em que a torcida adotou o mantra de que ele é treinador de segunda divisão. Foi, por exemplo, quando assumiu o clube e também ao perder quatro de seus primeiros cinco jogos na Série B e ao terminar o Paulista-08 em décimo.
Não só evitou o rebaixamento à Série C ao assumir, como reconduziu o time à elite do Paulista e do Brasileiro. Hoje busca sua quarta vitória seguida.
""Nos primeiros meses, sei que [Fernandez] falou, várias vezes, se ele [Benazzi] sair, eu saio", reconhece Benazzi, que fala muitos palavrões durante as partidas e não titubeia em devolver em igual moeda torcedores que o xingam, além de muitas vezes dar a impressão de que está prestes a invadir o campo.
""Meu médico, o que trata do coração, não costumava assistir aos jogos da Série B ou a A-2 [do Paulista]. Então colegas dele falaram: "Acho bom você assistir, porque qualquer dia, você vai ter de ir atendê-lo no campo." (EO E RV)

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