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VÔLEI
Mesmo com derrota para a Alemanha, ontem, Brasil avança às finais e faz campanha melhor que a do ano passado
Seleção supera "titulares" no Grand Prix
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção feminina se classificou ontem para a fase final do
Grand Prix e superou a campanha
brasileira de 2001, quando ainda
contava com as quatro jogadoras
consideradas titulares que pediram dispensa às vésperas do torneio deste ano por causa de problemas de relacionamento com o
técnico Marco Aurélio Motta.
No ano passado, o time nacional ficou na quinta colocação, seu
pior desempenho na história.
Para chegar entre os quatro melhores da terceira competição
mais importante do vôlei mundial -atrás apenas do Mundial e
das Olimpíadas-, o Brasil se beneficiou da vitória japonesa sobre
os EUA, ontem, por 3 sets a 1.
Antes do final deste jogo, a equipe ainda precisava vencer a China
na madrugada de hoje para depender apenas de seus resultados.
A equipe havia sido derrotada pela Alemanha, ontem, por 3 sets a 2
(23/ 25, 25/23, 25/20, 12/25 e 15/
13), em Macau (CHN).
Com a vitória japonesa, o time
de Motta poderia até perder por 3
a 0 para as chinesas na madrugada de hoje que teria vantagem no
set average. Se vencer, pode ficar
em terceiro na classificação geral.
China e Rússia já estão nas finais,
que começam na quinta-feira.
"Chegamos desacreditadas. A
cada partida, com vitória ou derrota, nos superamos. Todo nosso
trabalho está sendo baseado na
superação. E estamos, aos poucos, mostrando nosso valor", disse a oposto Luciana.
A classificação brasileira para as
finais do Grand Prix pode ser considerada o feito mais importante
da equipe desde que Motta tornou-se o técnico, no fim de 2000.
Com a campanha do ano passado, que pela primeira vez tirou o
Brasil do grupo dos quatro melhores da competição, o treinador
passou a sofrer ainda mais críticas
de algumas das principais jogadoras do time, que antes já reclamavam de seus métodos de trabalho.
A crise na seleção atingiu o ápice em junho. Antes da Volley
Masters, Motta cortou a atacante
Elisângela, uma das mais experientes do grupo, por indisciplina.
Foi a gota d'água na já abalada relação com as atletas. Ainda na Suíça, Érika, Raquel, Walewska e a levantadora Fofão -quase todo o
time titular- pediram dispensa.
Em seguida, a principal atacante
do país, Virna, também deixou a
equipe por problemas pessoais.
Com respaldo da CBV, o treinador optou por uma renovação
forçada na seleção e foi para o
Grand Prix com uma base juvenil.
Motta ainda perdeu a meio Kátia
e a ponta Jaqueline, sua principal
atacante, lesionadas.
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