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São Paulo acorda no 2º tempo, vira e segue caça ao G4
Time de Muricy Ramalho bate a Portuguesa no Morumbi, sobe para o quinto lugar e encosta nos líderes do Brasileiro
São Paulo 3
Portuguesa 1
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo voltou a vencer
no Brasileiro, mas segue fora da
zona de classificação à Libertadores. De virada, o time do Morumbi fez 3 a 1 na Portuguesa,
subiu para a quinta posição no
Brasileiro, agora com 26 pontos, assim como o Vitória, o
quarto, porém tem uma vitória
a menos do que os baianos.
Depois de levar um susto da
Lusa, a equipe tricolor, liderada
pelo meia Hugo e pelo atacante
Dagoberto, manteve-se na perseguição ao seleto G4. Na quarta-feira, visita o Figueirense.
Nesta edição do Nacional, os
são-paulinos ainda não figuraram entre os quatro melhores,
o pior desempenho desde
2005, quando o clube deixou o
torneio de lado para se preparar para o Mundial de Clubes.
"Acho que o campeonato está
mais difícil em relação aos anos
anteriores porque as equipes
estão aprendendo a disputar
pontos corridos. O Cruzeiro,
quando ganhou, ganhou fácil. O
Santos ganhou fácil, nós também. Agora é diferente", falou o
técnico Muricy Ramalho.
A Portuguesa, que recebe o
Fluminense na quarta, entrou
na zona de rebaixamento. É a
17ª colocada, com 16 pontos.
Após as falhas do sistema defensivo no revés diante do Internacional, o técnico Muricy
Ramalho reforçou o setor. Escalou três zagueiros, com o novato Aislan formando o trio
com André Dias e Zé Luis. Dessa forma, sacou Juninho, que
foi bastante criticado na derrota por 2 a 0 para os gaúchos na
última quarta-feira.
O treinador ainda experimentou no meio-campo outro
prata da casa, o volante Jean.
Foi ele o responsável pela cobertura de Zé Luis quando este
avançava ao ataque, que teve a
dupla Aloísio e Dagoberto.
A preocupação com a zaga
surtiu efeito. O time praticamente não foi ameaçado pela
Portuguesa, que atuou sem os
dois atacantes titulares, Diogo
e Washington, suspensos.
Bem protegido, o time se lançou à frente. Apesar de ter dois
armadores canhotos, Hugo e
Jorge Wagner, o lado direito,
com Zé Luis e Joilson, era o caminho preferido para avançar.
Embora superior, o São Paulo carece de um homem de criação eficiente. Os raros lances de
perigo surgiram em jogadas pela lateral ou em chutes de longa
distância. "Eles estão fechadinhos e tentando aproveitar o
que têm de melhor, que é o contra-ataque", diagnosticou Richarlyson no intervalo.
Foi justamente o volante
são-paulino que ajudou o time
adversário a aproveitar um
contragolpe no início da segunda etapa. Ele levou um drible
desconcertante do atacante Jonas, que cruzou para a área. A
bola passou por toda a defesa
tricolor e sobrou para Edno,
que, de cabeça, abriu o placar
no Morumbi, aos 3min.
Como Muricy temia, a defesa
fraquejou. Para piorar, seus comandados não conseguiam fugir da forte marcação da Portuguesa, que, diferentemente da
etapa inicial, passou a levar perigo nos contra-ataques.
O técnico, então, mudou o time. Colocou o atacante Éder
Luis e tirou Jean. A pressão aumentou. A Portuguesa resistiu
só até os 16min, quando Hugo,
de cabeça, empatou a partida
após boa jogada de Dagoberto.
Quem esperava o São Paulo
pressionando depois do gol se
enganou. Foi a equipe do Canindé que partiu para cima. Rogério salvou o time duas vezes.
O time do Morumbi se aproveitou da ousadia rival. Num
contragolpe rápido, fez o adversário provar de seu próprio veneno. Na área, Hugo foi travado
pela zaga, e a bola sobrou para
Dagoberto, que fez 2 a 1 com o
gol aberto, aos 25min.
Com a vantagem, Muricy votou a adotar a cautela. Sacou
Aloísio para a entrada de Éder.
Mas ainda conseguiu ampliar o
placar em chute de fora da área
de Éder Luis, aos 39min.
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