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Festival de Kléber Pereira alivia Cuca
Atacante marca três vezes, comanda triunfo sobre o Vasco, mantém cargo do técnico e tira clube da incômoda lanterna
Santos 5
Vasco 2
RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
Quando atingiu a última posição na tabela, o Santos renasceu, goleou o Vasco e avançou
duas posições no Brasileiro.
O renascimento -insuficiente para fugir da zona de rebaixamento- tem relação direta
com a recuperação de seu principal atacante, Kléber Pereira.
Ao fazer três gols ontem, todos de pênalti, ele atingiu dez
no Nacional. E se tornou o artilheiro do torneio, ao lado de
Alex Mineiro (Palmeiras).
Desde o jogo contra o Botafogo, quando estava no banco de
reservas, Pereira marcou sete
gols em cinco jogos, com uma
média de 1,4 por partida. Antes,
estava em jejum por oito jogos.
No mesmo período, o Santos
ganhou sete pontos. É um aproveitamento de 46,7%, similar
ao de times que estão na zona
intermediária da tabela. Até ali,
tinha só 23,3% de rendimento.
"O importante é que tudo
deu certo e que dá para pensar
em coisas melhores no torneio", afirmou o artilheiro.
Contra o Vasco, Kléber Pereira teve grande contribuição
da defesa rival, que cometeu falhas seguidas e foi capaz de proporcionar três penalidades ao
atacante. Ele converteu todas.
Só trocou de canto na terceira penalidade, quando bateu à
esquerda. Seus gols saíram aos
33min, aos 41min e aos 49min.
Todos os pênaltis foram sofridos pelo atacante Maikon,
que conseguiu até a expulsão
do goleiro rival, Thiago. Numa
jogada rápida, o santista ganhou a bola após passe errado.
Atrasado, Thiago cometeu o
terceiro pênalti e, por já ter cartão amarelo, foi expulso.
Foi o final perfeito para a etapa inicial santista, iniciada com
gol de Molina, aos 18min. O colombiano tocou na saída do goleiro após passe de Michael.
O único aspecto negativo foi
falha da defesa em cobrança de
escanteio, que resultou no gol
do atacante Leandro Amaral
para o Vasco, aos 38min.
Apesar de o domínio santista
no primeiro tempo não justificar o placar tão elástico, o time
da casa foi eficiente no ataque.
Maikon, aberto pela direita, e
Molina, mais centralizado, foram perigosos o tempo inteiro
-contando com o apoio dos laterais Apodi e Michael.
A defesa esteve mais segura,
embora ainda tenha dado espaços principalmente nas bolas
altas e no lado esquerdo.
Mais importante, os jogadores tentaram mostrar postura
diferente de outros jogos. Ao final da primeira etapa, reuniram-se abraçados em uma roda
no círculo central do campo.
Só que a vantagem no placar
e em número de atletas anestesiou o Santos após o intervalo.
Em vez de pressionar, o time
preferiu tocar a bola de lado.
O Santos ainda viu o Vasco
descontar o placar. Em cobrança de falta, Mádson marcou
após desvio na barreira. Após o
gol, o Santos passou a jogar
mais rápido. Mais uma vez,
Maikon fez boa jogada pela direita e dividiu com o goleiro. A
bola sobrou para Molina completar o placar aos 44min.
Foi o suficiente para a torcida, que antes via os vascaínos
gritarem "segunda divisão",
passar a incentivar com um
"olé". A promoção da diretoria
do Santos levou mais de 10 mil
torcedores à Vila Belmiro.
Assistiram à terceira vitória
do clube no Brasileiro -é o time que menos venceu, juntamente com Ipatinga e Fluminense. Foi o bastante para levar
a equipe à 18ª posição na tabela.
Agora, o Santos pega o Internacional, no Beira-Rio, na quarta.
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