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Seleção olímpica faz "amistoso para valer"
Diferentemente de outros esportes, futebol precisa definir o time e a tática
Contra Cingapura, Dunga testará um meio-campo habilidoso e jogadores em diversas posições a poucos
dias da estréia nos Jogos
PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A CINGAPURA
Para a imensa maioria dos
mais de 10 mil atletas que vão
disputar os Jogos de Pequim, os
últimos dias que antecedem a
competição são só para afinar
anos de treinamento e bastante
repouso. Não é o caso da seleção brasileira masculina de futebol, que faz hoje, às 9h, amistoso contra a medíocre seleção
de Cingapura, que é só a 127ª
colocada do ranking da Fifa.
O amistoso é uma das provas
de que futebol e Olimpíada não
andam juntos no Brasil. Com
menos de duas semanas para a
estréia nos Jogos, contra a Bélgica, no dia 7, Dunga ainda tem
dúvidas sobre o time titular e o
esquema tático que irá utilizar.
"Não tem nada decidido. Temos que esperar até o início da
Olimpíada", falou o treinador
sobre escalação e tática.
Ele deve começar hoje no 4-4-2 (com um habilidoso meio-campo formado por Hernanes,
Lucas, Anderson e Diego, com
Ronaldinho no ataque), mas
deixou em aberto a possibilidade de mudar para o 3-5-2.
"Vamos variar dependendo
do jogo, escalar de acordo como
atua a equipe adversária", falou
o treinador, que considera o jogo de hoje e o contra o Vietnã,
na próxima sexta-feira, como
essenciais para saber se pode
contar com jogadores atuando
fora de suas posições, o que poderia ter sido feito antes se a
CBF não tivesse colocado a
Olimpíada em segundo plano.
"Temos que testar todas as
possibilidades. São apenas 18
jogadores, e alguns podem ter
que atuar fora de posição."
Com esse cenário, Dunga
precisou fazer treinos fortes
até agora. Ontem, o lateral Ilsinho, com dores musculares,
não participou da prática no estádio Nacional de Cingapura.
Não é só por ter que treinar
forte e procurar um time com
poucos dias para os Jogos que o
futebol difere dos outros esportes na reta final para a Olimpíada de Pequim.
A começar por quem paga a
conta. Enquanto atletas de outras modalidades fazem a aclimatação no Japão e em Macau
com despesas pagas pelo Comitê Olímpico Brasileiro, o futebol tem suas contas bancadas
pelos promotores dos amistosos contra Cingapura e Vietnã.
É a CBF quem paga também a
preparação do time feminino.
O futebol nacional também
vai vestir roupas diferentes do
resto da delegação em Pequim.
Os uniformes masculino e feminino serão da Nike, enquanto os demais, mesmo que suas
confederações tenham outro
fornecedor, irão de Olympikus.
Caso exista a obrigação de o
escudo da CBF ser trocado pelo
do COB, existirá um problema,
já que nenhuma camisa levada
pela Nike para a Ásia foi confeccionada com o escudo do Comitê Olímpico Brasileiro.
Amanhã, a seleção já vai para
Hanói, palco do jogo contra o
Vietnã. No sábado, embarca para Shenyang, onde faz seus dois
primeiros jogos na Olimpíada.
NA TV - Cingapura x Brasil
Sportv, ao vivo, às 9h
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