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Ginastas ganham pito de dirigente
LUÍS FERRARI
ENVIADO ESPECIAL A TÓQUIO
No ensaio geral visando à
Olimpíada, a seleção feminina de ginástica artística não
passou no teste. Pelo menos
para a supervisora da Confederação Brasileira de Ginástica, Eliane Martins.
Após 3h30min de treino,
em que o técnico Oleg Ostapenko praticamente confirmou Ethiene Franco na
equipe olímpica, Eliane reuniu as meninas no tablado de
solo e não economizou broncas, audíveis a cerca de 20 m
de distância, da tribuna do
Tsukahara Center, onde estava a reportagem da Folha.
"Vocês têm que entender
que vão para Olimpíada, e
não para os Jogos Abertos do
Interior de São Paulo", disse.
"Vocês estão confortáveis,
certas de que estarão nos Jogos", disse ela, apontando
para as prováveis titulares:
Daiane dos Santos, Laís Souza, Jade Barbosa, Daniele
Hypólito, Ana Cláudia Silva
e Ethiene. Depois, particularizou o pito. "A Laís acha que
é a queridinha do Oleg. Você
precisa definir se tem condição ou não de fazer [um movimento cujo nome não foi
identificado à distância]. Um
dia diz que consegue, no outro que não. Assim não tem
como confiar. É Olimpíada."
Sobrou até para Jade Barbosa, que saiu segurando o
choro. Daniele ainda tentou
argumentar, mas foi cortada.
A tensão só acabou no hotel, 20 minutos depois do
treino, quando as atletas puderam dar entrevistas.
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