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São Paulo revê o palco e o rival da arrancada de 2007
Contra o Cruzeiro, no Mineirão, time joga por 4ª vitória consecutiva e prosseguimento da boa fase no Brasileiro
Daquele 22 de julho, depois de três jogos sem ganhar, Muricy Ramalho se lembra de ter sido "secado" por gente do próprio clube
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Voltar ao Mineirão para enfrentar o Cruzeiro, às 16h, não é
uma má idéia para o São Paulo.
Se é verdade que, nos pontos
corridos, cada jogo é decisivo,
também é fato que os são-paulinos se lembram bem daquela
rodada de 22 de julho de 2007,
um outro domingo, com um sabor diferente dentre as 38.
O time de Muricy Ramalho
não ganhava havia três partidas
-dois empates com Flamengo
e Corinthians, uma derrota para o Fluminense, em casa. A eliminação na Libertadores (ante
o Grêmio, nas oitavas) ainda
doía. E o técnico balançava.
"Aquele jogo foi fundamental", relembra o superintendente de futebol Marco Aurélio
Cunha. "O Muricy estava bastante pressionado."
Na ocasião, o São Paulo vinha
de um empate com o Fluminense no Rio e conseguiu contra o Cruzeiro o primeiro dos
sete triunfos seguidos que coroaram a arrancada para um título com cinco rodadas de antecedência, contra o América-RN por 3 a 0, em 31 de outubro.
A viagem da delegação não
era das mais felizes. Muricy não
escondia que ainda via inimigos em todos os lugares, principalmente na sua trincheira.
"Muitos pensavam que eu
cairia. Alguns [diretores do São
Paulo] viajaram só para ver. E
ganhamos", lembrou Muricy.
Um 2 a 1, com um gol de Breno e
um golaço de Hernanes, hoje a
jóia mais valiosa do elenco.
Marco Aurélio Cunha se lembra daquele jogo como um momento de recuperação do próprio Muricy: recebia os cumprimentos sem demonstrar
muita empolgação, mas parecia
mais confiante no trabalho.
"Ele não respondia. Comemorava a vitória, mas comemorava na dele", afirma o superientendente.
Depois disso, derrubou vários dos favoritos ao título (um
deles foi o líder Botafogo, no
Maracanã, em outra partida
com sabor de decisão).
Hoje, a situação é bem mais
branda. São três vitórias consecutivas nesta campanha. Um líder, o Flamengo, já foi batido
por 4 a 2, no Maracanã.
A torcida não pede sua cabeça, o Qatar quer levá-lo milionariamente, e o presidente do
clube, Juvenal Juvêncio, afirma que o treinador só sai do
São Paulo para a seleção brasileira, isso "se puder acumular
os dois cargos". Tanto que lhe
deu garantias de cumprimento
do contrato, até o fim de 2009.
"É o tipo de jogo que o São
Paulo gosta de fazer, decisivo",
lembra Hugo, artilheiro da
equipe no Brasileiro com três
gols, ao lado de Borges. O meia
foi um dos jogadores que mais
transpareceram na semana um
sentimento de confiança no
gradativo crescimento do time.
O Cruzeiro de hoje, no entanto, só perdeu uma partida, para
o Palmeiras. E é elogiado por
Muricy. "Além de estarem jogando o melhor futebol da
competição, a equipe deles é leve, perigosa, e nós já estamos
esperando essa correria."
NA TV - Cruzeiro x São Paulo
Globo (para SP) e Band (menos Rio
e BH), ao vivo, às 16h
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