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Santos e Cuca amargam empate e ampliam jejum
Há seis partidas sem vencer, time ainda vê Portuguesa reclamar de gol anulado
Portuguesa 0
Santos 0
RICARDO VIEL
DA REPORTAGEM LOCAL
A vitória, tão esperada pelo
técnico Cuca, que ainda não
venceu no comando do Santos,
e pela torcida, que há seis partidas não vê seu time triunfar,
novamente não veio.
O empate contra a Portuguesa, no Canindé, pode ser considerado um bom resultado se levado em conta o primeiro tempo da equipe da Vila, que foi um
time apagado, lento e estéreo.
No segundo tempo, no entanto, a sonhada conquista poderia ter vindo não fossem as
defesas do goleiro da Lusa, André Luis, que não vê sua meta
ser vazada há três partidas.
""O Santos poderia ter ganho.
[O time] Não tomou gol, agora
tem que trabalhar para não tomar e fazer", afirmou Cuca, que
considerou que a equipe jogou
bem o segundo tempo e poderia sair vitoriosa do confronto.
Pelo lado da Portuguesa, as
reclamações foram com o árbitro Carlos Eugênio Simon, que
anulou um gol do time da casa
no final do primeiro tempo.
"Se alguém tivesse que ganhar, seríamos nós, que fizemos um gol legítimo. Só quero
saber por que não colocaram
um árbitro paulista? São Paulo
não tem árbitro?", afirmou o
treinador da Portuguesa, Vágner Benazzi, na saída do campo.
Com o resultado, o time da
Vila Belmiro chega a seis pontos e se mantém na zona do rebaixamento. Na próxima rodada, a equipe, que conquistou
apenas dois pontos nas últimas
quatro partidas, vai a Curitiba
enfrentar o Atlético-PR.
A Portuguesa, que agora tem
12 pontos e ocupa a oitava posição, recebe em casa Vitória.
Precisando vencer para amenizar a crise, o técnico santista
optou por apostar nas alas para
bater a Portuguesa. O treinador
começou a partida com três zagueiros, liberando Apodi e Kléber para atacar. A estratégia
não funcionou. O meio-campo
santista criou pouco, e as laterais foram pouco exploradas.
No ataque, Lima e Kléber Pereira quase não tocavam na bola. E, na defesa, a lentidão da zaga santista foi favorável à Portuguesa, que chegava bem com
Diogo e Edno. A velocidade do
ataque do time da casa custou à
zaga santista dois cartões amarelos antes de 30 minutos de jogo. Marcelo e Domingos foram
para o intervalo pendurados.
Antes do fim da primeira etapa, a Lusa, que dominava o jogo, chegou ao gol, mas o juiz viu
impedimento de Washington,
que estava em posição legal.
Na saída para o intervalo, a
torcida da Portuguesa provocou o volante santista Rodrigo
Souto, que foi pego no exame
antidoping em jogo da Libertadores e pode ser punido nos
próximos dias. "Conversei com
o presidente. Isso está nas
mãos da parte jurídica. E eles
vão marcar uma entrevista coletiva para falar sobre isso", disse o atleta, que afirmou não se
abalar com as provocações.
"Estou tranqüilo. Ter a consciência limpa é a melhor coisa."
Na volta para o segundo tempo, Cuca tirou Lima e colocou o
atacante Thiago Luís.
O jogo ficou aberto, e quem
apareceu foram os goleiros. O
Santos voltou melhor e, em dez
minutos, já chutara três vezes
com perigo no gol de André
Luís, que espalmou todas elas.
O técnico Cuca lançou seu time ao ataque no final da partida, colocando Molina e Quiñonez, mas a pressão não foi suficiente para vencer André Luis.
A Portuguesa também levou
perigo. Perto do final, Diogo ficou cara a cara com Fábio Costa, que, com o pé, provou que o
dia no Canindé era dos goleiros.
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