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Phelps faz ensaio de confrontos olímpicos
Nadador encara maiores adversários na seletiva que define equipe dos EUA
Ian Crocker e Ryan Lotche buscam vagas nas mesmas provas que o multicampeão em evento com o mesmo programa da Olimpíada
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Após perder os 100 m borboleta no Mundial de Barcelona,
em 2003, Michael Phelps pendurou uma foto do algoz Ian
Crocker em seu quarto. Não
queria esquecer aquela dor.
No ano seguinte, nos Jogos
de Atenas, sabia exatamente o
que fazer para dar o troco. Saiu
da piscina com o ouro olímpico.
A partir de hoje, Phelps começa a traçar seu caminho até a
Olimpíada de Pequim. E tem a
chance de testar seu poder contra inimigos íntimos, compatriotas como Crocker, que podem atrapalhar seus planos de
superar as sete medalhas de ouro do lendário Mark Spitz.
Em Atenas, na primeira
chance, Phelps amealhou seis
ouros, uma prata e um bronze.
A seletiva de natação dos
EUA dá largada na noite de hoje, em Omaha, Nebraska.
"Há alguns nadadores que,
quando nadam contra Michael,
estão nadando para ficarem em
segundo porque não sentem
que podem batê-lo. Para mim, é
o oposto, eu sinto que posso ganhar dele", afirmou Crocker,
recordista mundial dos 100 m
borboleta, uma das provas que
Phelps irá nadar no classificatório e na Olimpíada.
Na seletiva de Omaha, o seis
vezes campeão olímpico está
inscrito em nove disputas. Não
deve nadar todas, mas precisa
manejar cuidadosamente a
equação para ter a chance de
cair pelo menos oito vezes na
piscina do Cubo D'Água em Pequim se quiser bater Spitz.
Pelo programa, o nadador
apenas não disputará finais
amanhã. Coincidentemente
um singelo presente de aniversário. Phelps completa 23 anos.
"É claro que ele entrou em
mais provas do que vai nadar.
Veremos no dia a dia. Em algumas, ele deve nadar só eliminatórias ou semifinais para sentir
o gosto desses eventos", afirmou o técnico Bob Bowman.
O trajeto de Phelps também
encontra o de Ryan Lotche, nos
200 m e nos 400 m medley.
Poucas semanas atrás, o nadador manifestou insatisfação
com seu desempenho na prova
após terminar uma competição
em Santa Clara sete segundos
atrás de seu recorde mundial.
"Meu nado de costas estava
horrível. Não sei o que é. Se é
mental, físico ou sei lá o que.
Mas algo precisa ser mudado",
sentenciou Phelps, que sofreu
fratura na mão na temporada.
Bowman minimizou as reclamações do pupilo. "Essa é uma
daquelas coisas que nunca pareceram importantes, até agora", afirmou o treinador.
As provas individuais do nado costas, apesar de Phelps estar inscrito nos 100 m e 200 m,
não serão sua prioridade na seletiva norte-americana.
Já as braçadas de crawl são
fundamentais para delimitar
seu caminho em Pequim.
O nadador pode abrir mão de
disputar os 100 m livre. Uma
boa atuação, porém, pode colocá-lo no 4 x 100 m livre. Caso
contrário, pode depender da
escolha da equipe -nadar a eliminatória, por exemplo- para
contar com a prova em seu programa. Os EUA têm grandes velocistas. E Phelps não é especialista na distância.
Com agências internacionais
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