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FUTEBOL
Atuação de Paulo César de Oliveira no 3 a 3 com o Guarani no Morumbi faz Cuca até pensar em abandonar a carreira
Pênalti no final leva o São Paulo ao choro
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo bem que mostrou
atitude em campo, virou um jogo
que estava perdendo por 2 a 0,
mas acabou cedendo o empate
aos 49min do segundo tempo e
adiou a arrancada pregada pelo
técnico Cuca rumo à liderança.
Ao final do jogo, após o gol de
Viola de pênalti e o 3 a 3 no placar,
confusão foi armada no campo.
Cuca acusou o juiz Paulo César de
Oliveira de ter chamado dois de
seus atletas para a briga. "Não entendo isso. Não sei como um juiz
pode chamar dois meninos como
Alê e Cicinho para a porrada. Foi
esse o termo", disse ele, que,
transtornado, afirmou até pensar
em abandonar o futebol. ""Estou
chorando por dentro."
Após o jogo, Cicinho confirmou
a versão do técnico. "Fomos tirar
satisfação após o terceiro gol e saber quanto tempo faltava. Ele me
chamou para a briga", disse.
Outro que não conseguiu esconder a sua irritação foi Rogério.
"Todo jogo é isso. Nas últimas
cinco partidas foi assim", disse o
goleiro em referência à péssima
atuação da arbitragem. Segundo
Marcelo Portugal Gouvêa, presidente do São Paulo, Paulo César
de Oliveira não apitará mais jogos
do clube. ""Vamos entrar com um
protesto. Ele passou dos limites."
Se o São Paulo segue invicto em
seu estádio, reviveu a sina de sofrer na mão dos times que estão
mal na tabela. O time perdeu para
Flamengo, Botafogo e Paysandu e
agora tropeçou no Guarani.
Com o 3 a 3, o São Paulo soma
45 pontos e segue fora da zona de
Libertadores. Já o Guarani tem 25
e segue na zona do rebaixamento.
O time do Morumbi perdeu
duas chances de gol com menos
de um minuto, mas as velhas falhas da equipe voltaram: erros de
passe, excessivo número de faltas
(só no 1º tempo foram 19) e muita
lentidão para sair da defesa.
Fraco tecnicamente, o primeiro
tempo caminhava para um burocrático 0 a 0 quando em um lance
de bola parada, o time de Campinas achou o gol. Harisson bateu
falta, Cicinho tentou desviar e enganou o goleiro Rogério: 1 a 0.
O São Paulo se recuperava do
baque quando Sandro Hiroshi,
em jogada individual, foi derrubado na área por Jean: pênalti.
Valdir Papel bateu rasteiro, e
Rogério defendeu. No rebote, o
próprio Valdir aumentou para 2 a
0, aos 33min. O juiz Paulo César
de Oliveira, que fez menção de
voltar a cobrança por invasão na
área, acabou confirmando o gol.
E foi só a partir daí que o São
Paulo acordou no jogo e passou a
ter atitude para tentar a virada.
Grafite, jogador que havia sido
afastado por deficiência técnica,
iniciou a reação. Recebeu na área,
ganhou do zagueiro e bateu cruzado para diminuir, aos 37min.
O São Paulo cresceu, passou a
jogar com velocidade e chegou ao
empate num escanteio. Lugano
aproveitou disputa na área e, de
cabeça, desviou para as redes: 2 a
2, aos 44min. O apagão que tomou conta do Guarani proporcionou a virada ainda na primeira
etapa. Diego Tardelli foi lançado
em velocidade, carregou a bola e
chutou no canto, fazendo 3 a 2.
No segundo tempo, o São Paulo
voltou como dono do jogo. Perdeu algumas chances e viu o Guarani apostar em Viola. Ele cobrou
duvidoso pênalti marcado nos
acréscimos (Lugano tocou a camisa de Simão, que se jogou na
área) e fechou o placar aos 49min.
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