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FUTEBOL
Time inicia Brasileiro hoje, contra o Juventude, livre da pressão de vencer nos mata-matas, seu calo nos últimos anos
São Paulo estréia sem "trauma da pipoca"
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
Livre da pressão de ter de provar
para sua torcida que é capaz de
triunfar em mata-matas contra
adversários poderosos, o São
Paulo estréia hoje no Campeonato Brasileiro, às 16h, contra o Juventude, em Caxias do Sul.
Se o técnico Oswaldo de Oliveira reclamou da longevidade do
Brasileiro, não pode se queixar da
nova fórmula de disputa, que
aboliu o antigo sistema, principal
calo do clube nos últimos anos.
Os seguidos fracassos em confrontos decisivos até valeram aos
jogadores o incômodo apelido de
"pipoqueiros", dado pela própria
torcida são-paulina.
Nesta semana, um dia após a
derrota para o Corinthians na final do Paulista, a Tricolor Independente, principal torcida organizada do clube, publicou fotos
do maior ídolo do time, Kaká, rodeado de pipocas. A montagem
atingiu também outros atletas da
equipe, como Luis Fabiano.
A provocação ainda acompanhou uma mensagem, "o milho
mudou, mas a pipoca continua a
mesma", em referência às mudanças no grupo de jogadores em
relação ao ano passado.
Durante o Torneio Rio-São
Paulo de 2002, membros da organizada foram ao CT do clube protestar contra a equipe, que havia
sido derrotada pelo Palmeiras,
atirando pipocas no gramado.
De lá para cá, o clube do Morumbi só reforçou a tese de seus
torcedores de que "treme" em
partidas decisivas. Foi derrotado
pelo Corinthians nas semifinais
da Copa do Brasil e pelo mesmo
rival na decisão do Rio-SP.
No Brasileiro do ano passado,
novo fracasso em mata-matas nas
oitavas-de-final, diante do Santos,
após terminar a primeira fase na
liderança da competição com
uma campanha quase impecável.
Assim, os são-paulinos festejaram a nova fórmula, em pontos
corridos, do campeonato.
"Esse regulamento deveria ter
sido utilizado no ano passado. Elimina eventuais injustiças, como o
oitavo colocado desclassificar o
primeiro logo nas quartas-de-final", disse o zagueiro Jean.
O próprio Oswaldo de Oliveira,
que criticou a longevidade do torneio, aprova a fórmula.
"Eu acho interessante. A cultura
do brasileiro era a dos pontos corridos, mas foi modificada por interesses comerciais e financeiros,
para criar um clima de espetáculo", disse o treinador são-paulino.
NA TV - Globo (apenas para
SP) e Record (apenas para
SP e Criciúma), ao vivo, às 16h
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