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FUTEBOL
Time de Cuca celebra estabilidade e é o 1º desafio de 3º técnico do rival
Com seu plano A, São Paulo testa o plano C corintiano
DA REPORTAGEM LOCAL
Time que segue à risca o planejamento traçado no final de 2003,
o São Paulo será hoje o primeiro
rival a colocar à prova o terceiro
plano do Corinthians em busca de
sucesso na atual temporada.
Depois de ver Juninho, a primeira aposta dos dirigentes, e Oswaldo de Oliveira, a segunda, fracassarem na missão de brigar por
títulos, o clube do Parque São Jorge estréia o técnico Tite.
Por causa dos percalços em
2004, a tarefa já não é alcançar o
topo do Brasileiro. Pelo contrário,
o treinador gaúcho quer afastar a
equipe das últimas posições
-terminou a rodada anterior,
em que foi goleada por 5 a 0 pelo
Atlético-PR no Pacaembu, na 17ª
colocação, com sete pontos.
"Não me incomodo por ter de
recomeçar o trabalho com um
novo técnico. A mentalidade do
dirigente brasileiro é assim, se o
treinador não ganha títulos é demitido. É ilusão achar que vamos
trabalhar três anos com a mesma
comissão", afirmou Fábio Costa.
Os rivais do goleiro no clássico
de hoje vivem uma estabilidade
jamais provada pelos corintianos
neste ano. No fim de 2003, a diretoria planejou trazer Cuca, que
havia se destacado no Goiás.
Até aqui, o técnico tem ido bem.
Apesar da queda em mata-mata
do Paulista, pôs o time nas semifinais da Libertadores e disputa a liderança do Nacional. Dos nove
atletas contratados pelo clube,
cinco viraram titulares. Os demais
também já tiveram chance no time principal e são utilizados em
quase todas as partidas.
Além disso, os são-paulinos vivem um momento tranqüilo politicamente após a reeleição de sua
diretoria e a manutenção dos objetivos traçados para o semestre.
"O problema do Corinthians é
estrutural. Se você tem um departamento de futebol que não analisa as contratações e não faz planejamento adequado, terá problemas", diz o diretor de futebol são-paulino, Juvenal Juvêncio.
"O São Paulo analisou durante
seis meses as contratações dos
profissionais que chegaram ao
clube neste ano", completa.
No Corinthians, a escalação no
clássico mostra como os planos
do fim de 2003 não emplacaram.
Dos 13 reforços apresentados
no início de 2004, só Fábio Costa,
Valdson e Marcelo Ramos começam a partida de hoje.
Além disso, Tite fará improvisações. O volante Wendel vai para a
zaga, e o lateral-direito Rogério
deixa a posição que mais gosta para atuar como volante.
A troca de técnico não é a última
mexida no time. Tite chegou pedindo reforços à diretoria. Quer
pelo menos um armador.
A estabilidade que seus antecessores não tiveram, o treinador
gaúcho faz planos para alcançar.
"Minha meta é terminar o ano no
Corinthians", afirmou.
Os atropelos também já atingiram os dirigentes corintianos.
Neste ano, três deles (Andrés Sanchez, Francisco Papaiordanou e
Rivellino) já deixaram os cargos.
O diretor Paulo Angioni chegou
na semana retrasada.
(EDUARDO ARRUDA E RICARDO PERRONE)
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