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F-1
Hexacampeão é desafiado, mas volta a largar na frente na Alemanha após três anos e se aproxima de recorde de Senna
Pole, Schumacher afasta zebra em casa
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A NURBURGRING
Em 1min28s351, Michael Schumacher quebrou ontem um jejum, afastou zebras, reestabeleceu
a ordem na F-1 e tornou-se o segundo homem da história a quebrar a barreira das 60 poles.
E, assim, o hexacampeão largará hoje na primeira posição do
grid do GP da Europa, sétima etapa do Mundial. Foi sua quinta pole no ano e a 60ª da carreira. Faltam, agora, cinco para alcançar o
mítico recorde de Ayrton Senna.
Ao seu lado estará Takuma Sato, da BAR. É a primeira vez que
um japonês larga da primeira fila.
Jarno Trulli, da Renault, sai em
terceiro, seguido por Kimi Raikkonen, da McLaren. Rubens Barrichello, companheiro do alemão
na Ferrari, parte só em sétimo.
A largada da prova, em Nurburgring, Alemanha, é às 9h, com TV.
Fato raro na F-1 nos últimos
tempos, o favoritismo de Schumacher foi colocado em xeque
para o treino oficial de ontem.
Na sexta-feira, afinal, ele havia
sido apenas o nono colocado,
0s872 mais lento do que Raikkonen. Na pré-classificação, o alemão foi o segundo, atrás de Sato.
Lutava ainda contra um tabu.
Desde 2001 não era pole em casa
-Nurburgring fica a 100 km de
Kerpen, cidade em que cresceu.
Tudo isso foi para o espaço no
exato instante em que ele foi à pista. Até aquele momento, a pole
era de Trulli, em 1min29s135.
Em uma volta perfeita, empurrado pelos 65 mil torcedores nas
arquibancadas, Schumacher garantiu a primeira posição. Sensação do treino anterior, Sato foi o
último a entrar na pista, mas ficou
a 0s635 do hexacampeão.
"Não estou exatamente surpreso por estar na pole. Me surpreendi, sim, com a vantagem que consegui para os outros. Obter a pole
aqui, com esse público, é fantástico. Eles dão uma motivação extra.
Agora vou buscar a vitória", declarou o alemão.
"Estou muito feliz porque passei perto da primeira fila algumas
vezes e sempre acontecia algo de
errado. Finalmente, as coisas funcionaram como eu queria", afirmou Sato, que em Mônaco, no último domingo, protagonizou o
melhor momento da largada, saltando de sétimo para quarto.
Depois de, há uma semana, chegarem juntos aos pontos, os brasileiros foram mal ontem.
Barrichello ficou atrás do companheiro pela sétima vez em sete
corridas no ano. Cristiano da
Matta, 11º, ficou atrás de Olivier
Panis pela quarta vez no ano. Felipe Massa, 16º, só ficou à frente de
Giancarlo Fisichella porque o italiano teve que trocar o motor e
não participou do treino oficial.
A exemplo do que fez na Espanha, no mês passado, Barrichello
deixou no ar a possibilidade de ter
escolhido um composto de pneus
mais duro, o que pode significar
uma parada a menos nos boxes.
"Estou relativamente confiante
para a corrida, com uma boa escolha de pneus. Os tempos de todos foram muito próximos no
treino oficial", disse.
NA TV - GP da Europa, na
Globo, ao vivo, às 9h
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