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Na Basiléia, local do jogo, Brasil encontra desdém da torcida e vida pornô
FÁBIO VICTOR
ENVIADO ESPECIAL À BASILÉIA
Em contraste com o isolamento do hotel de Weggis e a
excitação dos fãs que revolucionaram com algazarra a minúscula vila suíça, a seleção
encontrou ontem, na chegada
à Basiléia, a 125 km dali, tentações da "cidade grande" e o
desdém do público.
O Brasil faz hoje seu primeiro amistoso desde que
chegou à Suíça, há oito dias.
Cerca de 20 gatos pingados
foram para a rua lateral do
Swissôtel Le Plaza, no centro
da Basiléia, recepcionar o time pentacampeão. Não havia
bandeira brasileira. A polícia
bloqueou a via para o ônibus
estacionar e o grupo descer,
às 22h locais e sob chuva, sem
contato com a platéia.
A 50 metros do hotel, há
uma casa de stripteases e "table dancers" e dois sex shops.
Diferentemente do que
ocorre em Weggis, em que
um resort foi fechado só para
a seleção e ninguém de fora
tem acesso nem à recepção, o
local fica numa rua movimentada da Basiléia, está aberto
para outros hóspedes e o público pode circular livremente pelo lobby. Acontece que
quase ninguém deu bola.
O único jornalista suíço
que estava lá para cobrir o
pouso da seleção de futebol
mais famosa do mundo, Martin Jordan, da rádio DRS, arriscou algumas interpretações sobre a indiferença dos
basileenses. "Tudo o que se
sabia era que o Brasil viria,
mas não foi divulgado exatamente o dia nem o horário. E
também eles só vieram para
passar um dia." Isso não está
100% certo. Os jogadores devem receber folga imediatamente após o jogo, tendo possivelmente que se reapresentar em Weggis somente amanhã à tarde. Ou seja, poderiam em tese dormir por conta própria na Basiléia.
Para os padrões suíços, Basiléia é uma metrópole, com
seus 800 mil habitantes. É a
segunda maior cidade do país,
atrás de Zurique. Abriga sedes de grandes indústrias farmacêuticas e do BIS, espécie
de Banco Central mundial.
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