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MEMÓRIA
Atacantes tentam quebrar jejum em partidas decisivas
DOS ENVIADOS A YOKOHAMA
O tão produtivo ataque da
seleção brasileira de Luiz Felipe Scolari terá um desafio pela
frente contra a Alemanha. Nas
últimas duas finais de Copas
do Mundo que disputou, em
1994, contra a Itália, e em 1998,
contra a França, o Brasil não
conseguiu marcar gols.
Assim, a derradeira oportunidade em que o país comemorou um gol numa decisão
aconteceu em 1970, quando o
lateral-direito Carlos Alberto
Torres anotou, com um chute
cruzado, o quarto gol da vitória sobre os italianos.
Sem contar os instantes finais da decisão que deu o tricampeonato para o time de Pelé e Tostão, a seleção brasileira
acumula 210 minutos sem balançar as redes no momento
mais importante do futebol de
todo o planeta, já que em 1994
também não foi capaz de fazer
isso na prorrogação.
Naquela ocasião, o título só
foi conquistado na disputa de
pênaltis, após um empate sem
a abertura do placar.
A seca atual difere muito do
que aconteceu com o time da
camisa amarela nas Copas
mais remotas. Nas três primeiras conquistas, o Brasil aniquilou seus adversários com 12
gols -cinco contra a Suécia,
em 1958, três contra a Tchecoslováquia, em 1962, e quatro
contra a Itália, em 1970.
Além de não marcar, o Brasil
também fracassou na defesa
em 1998, quando levou três
gols da França, dois deles feitos
por Zidane de cabeça.
Com os tetracampeões como
protagonistas, a final da Copa
passou a ter poucas emoções.
Nas últimas três edições, o jogo decisivo teve apenas quatro
gols, número que antes era alcançado, até com certa facilidade, em apenas uma final.
Em Yokohama, do outro lado estará uma seleção que
nunca teve o sabor amargo de
não marcar nas vezes em que
disputou uma decisão de
Mundial. Mesmo nas três finais em que foi batida, a Alemanha anotou, pelo menos,
uma vez.
(FV, FM, JAB, PC E SR)
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