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SONINHA
Sem endeusar ou crucificar
Vence uma corrida o
atleta mais rápido; o
melhor saltador é o que
saltar mais alto; vence no tiro
quem acertar mais vezes o alvo.
O vencedor no futebol é o time
que marcar mais gols, mas essa
medida não é tão exata quanto
as outras... Quando a Espanha
enfrentou a Coréia do Sul, por
exemplo, tinha dez gols contra
cinco dos anfitriões. O jogo foi 0
a 0 e seguiu adiante o time com
menos gols (É verdade que o jogo não foi 0 a 0, mas vamos considerar o placar oficial).
A decisão nos pênaltis é apenas um dos instrumentos da
"injustiça" no futebol. Ela não
tem nada a ver com o desempenho no jogo, mas, pelo menos,
envolve precisão e calma e os
dois lados têm as mesmas chances. Já a morte súbita leva o poder dos acasos às alturas. A final da Copa deveria ter prorrogação com tempo completo, para diminuir o "risco-injustiça"!
Em função dos tais acasos,
que se lixam para a lógica, o
Brasil pode fazer hoje a sua melhor partida... e perder o título.
O melhor jogador em campo
pode cometer um erro decisivo
(que seja o Khan!). Ou a seleção
brasileira pode jogar "pro gasto" e golear (que seja...).
Com um resultado negativo,
muitas vezes jogadores e técnicos são crucificados sem nenhuma justiça. Com um resultado
positivo nesta Copa, Felipão deve ser endeusado, o que também será injusto. Ele merece
cumprimentos pelos acertos
tanto quanto críticas pelos erros
-seja qual for o último capítulo da história.
soninha.folha@uol.com.br
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