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Marcos Senna fica dividido por duas pátrias
DO ENVIADO A VIENA
Primeiro brasileiro a conquistar a Eurocopa, o paulista Marcos Senna, 31, afirmou
ser muito boa a sensação de
ter atingido a façanha.
"Eu sou um privilegiado
por desfrutar de dois países",
disse Senna, ao ser questionado pela Folha, ontem,
após a final, se sentia-se mais
espanhol que brasileiro.
"Estou muito feliz. Não tenho idéia da repercussão que
isto terá no Brasil", afirmou.
Depois, indagado se teria
condições de jogar na seleção brasileira, o meio-campista da Fúria declarou que
era momento apenas de pensar na Espanha e aproveitar
o momento especial.
Senna também ficou em
cima do muro quando questionado sobre qual seleção
era melhor no momento. "O
Brasil passa por um momento difícil, mas Brasil é sempre Brasil", afirmou.
No ano que vem, ele enfrentará a equipe brasileira
pela Copa das Confederações, na África do Sul.
O meio-campista, que joga
no Villarreal, foi descoberto
pelo clube espanhol quando
vestia as cores do São Caetano, em 2002. Antes, fora
campeão brasileiro, mundial
e paulista pelo Corinthians.
O outro jogador brasileiro
que participou da final da
Euro, o atacante Kevin Kuranyi, mostrou-se frustrado
por não ter começado a partida -entrou apenas aos
13min do segundo tempo.
"Quando entrei, a Espanha já estava vencendo e não
tive muita chance de mudar
o jogo", falou o atleta, nascido em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro.
"Nos primeiros 20min, jogamos bem, fechamos o
meio-campo deles, que é
muito bom, e os obrigamos a
jogar bolas longas", disse.
Sobre o "compatriota"
Marcos Senna, o centroavante do Schalke 04 não
poupou elogios.
"Fez ótimos jogos e foi um
dos melhores do torneio",
disse ele, que, após o apito final, foi na direção do companheiro dar os parabéns. Em
português? "É claro", respondeu Kuranyi.
(MN)
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