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Palmeiras define hoje futuro de seu estádio
Sócios votam pela aprovação ou não de acordo que viabiliza início de obras
Tempo de cessão do Parque Antarctica à WTorre, que fará a reforma, vira embate político entre gestão atual e estafe de Mustafá Contursi
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Em meio a um tenso embate
político, o Palmeiras define hoje o futuro de seu estádio.
A partir das 10h, os cerca de
8.500 sócios com direito a voto
decidirão se aceitam ou não dar
seqüência ao projeto da WTorre, empresa responsável pela
reforma do Parque Antarctica e
da parte social do clube.
Os associados terão duas
questões para responder na urna eletrônica. Primeiro, se aceitam a mudança no estatuto palmeirense. Depois, se concordam em ceder o espaço do clube para a realização do projeto.
Em 21 de julho, o Conselho
Deliberativo aprovou a alteração estatutária que inclui o chamado direito de superfície
-quando o proprietário concede a terceiros o direito de construir ou de plantar em seu terreno por tempo determinado.
A atualização do estatuto é
fundamental para que, depois,
o acordo com a WTorre não seja contestado juridicamente.
Nas últimas semanas, a disputa política entre a situação e
a oposição pegou fogo.
Os aliados do atual presidente, Affonso della Monica, gabam-se nos bastidores de terem avançado no projeto que
começou ainda na gestão de
Mustafá Contursi. Mas que, segundo eles, ficou 12 anos (período em que Mustafá comandou o clube) parado no tempo.
"É um divisor de águas para o
Palmeiras. E também é a chance de entrarmos num ciclo vitorioso", afirma João Mansur,
membro da diretoria de planejamento do clube e elo entre o
Palmeiras e a WTorre.
Sem contar que o início das
obras fincaria a bandeira da situação e daria fôlego à prorrogação do mandato de Della Monica, que acaba em janeiro de
2009, por mais um ano.
Por outro lado, o estafe do ex-mandatário não concorda com
o tempo do acordo. Em troca do
investimento, estimado em R$
270 milhões, a WTorre poderá
explorar o espaço por 30 anos.
O clube terá participação sobre a receita líquida de forma
escalonada. Nos primeiros cinco anos após a conclusão da
obra, receberá 5%. Depois, até
completar dez anos, fica com
10%, e assim sucessivamente.
Em jogos de futebol, o Palmeiras ficará com 100% do que
arrecadar das bilheterias. Terá
de bancar, entre outras coisas,
energia elétrica, água e segurança. O clube calcula uma economia de R$ 8 milhões anuais.
O início oficial das reformas
na parte social, caso a situação
saia vitoriosa hoje, está previsto para depois de amanhã. O estádio começará a ser mexido
em fevereiro de 2009. Pelo cronograma, a arena estará pronta
em 15 de dezembro de 2010.
" Não sei por que estão com
tanta pressa. É uma questão de
disputa, e querem que as duas
coisas sejam aprovadas na mesma reunião", reclama Mustafá.
Ontem, a oposição teve duas
liminares pedindo a anulação
da votação indeferidas.
Para que o pleito seja validado, é necessária a presença de
10% dos votantes. O "sim" vence com maioria simples.
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