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Com artilheiro e goleada, Palmeiras coroa acesso
MARÍLIA RUIZ
MARCUS VINÍCIUS MARINHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras mostrou ontem
que é de fato o campeão.
Com a goleada por 4 a 1 sobre o
Botafogo em casa, o time terminou o quadrangular final da Série
B com o dobro de pontos do rival
(16 x 8), que também já havia assegurado uma vaga na primeira
divisão antecipadamente.
Os 16 pontos conquistados pelos palmeirenses são exatamente
o que os outros três finalistas da
segunda divisão conseguiram
juntos -Marília e Sport empataram ontem e terminaram com
cinco e três pontos ganhos.
O Palmeiras terminou o ano
com a melhor defesa (36 gols em
35 jogos), o melhor ataque (80
gols) e com o artilheiro da competição: Vágner, 19 gols, que ontem
abriu o placar quando a "festa das
faixas" mal havia começado.
O atacante igualou a marca de
Valdomiro (18 gols), do Remo, logo aos 9min. Com o cabelo pintado com faixas verde e brancas, ele
recebeu passe na entrada da área,
driblou Edgar e chutou forte no
canto direito de Max.
O jogo perdeu o ar de amistoso.
Muitas faltas, reclamações e cartões para os dois times.
O Botafogo chegou ao empate
aos 20min, depois de Vágner ter
perdido ótima chance (de frente
para o gol, chutou fraco) e de Dill,
impedido, ter seu gol anulado.
Camacho e Jorginho Paulista tabelaram na esquerda. O lateral rolou a bola para Almir, que venceu
Marcos com um chute forte.
Magrão desempatou o jogo 12
minutos depois. Aproveitou sobra de um bate e rebate na área e,
mesmo sem ângulo, acertou um
belo chute cruzado. "Dentro de
campo provamos quem é o melhor da Série B", disse o volante
após o jogo.
A rivalidade entre os jogadores
paulistas e cariocas, que se juraram durante a semana apesar de
estarem matematicamente classificados para a primeira divisão,
aflorou de vez.
Camacho (que já tinha amarelo) e Baiano se desentenderam
após disputa de bola no meio
campo aos 40min. O juiz expulsou ambos. O lateral palmeirense,
muito nervoso, deu trabalho para
deixar o campo e teve que ser amparado por colegas.
A torcida que lotou o Parque
Antarctica ignorou a confusão e
passou a embalar os passes dos jogadores de Jair Picerni com gritos
de campeão e de olé.
Classificadas para a Série A de
2004, as equipes se acalmaram no
intervalo e os técnicos recorreram
às substituições para poupar seus
atletas.
Com dez de cada lado, o jogo ficou morno. Marcos e Max faziam
intervenções esporádicas e sem
muito impacto. O panorama só
mudou quando Picerni resolveu
colocar Pedrinho em campo.
O meia, que já enfrentou duas
cirurgias no joelho, além de ter
sofrido de depressão, precisou de
pouco mais de dois minutos para
deixar a sua marca na partida de
despedida do Palmeiras da segunda divisão. Aos 33min, ele recebeu de Muñoz, cortou um zagueiro e chutou no canto direito de
Max: 3 a 1.
A goleada foi decretada com o
gol que deu a artilharia do campeonato a um palmeirense. Muñoz cruzou, Élson tentou, de letra,
desviar para o gol, mas a bola sobrou para Vágner empurrar para
as redes e marcar seu 19º gol.
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