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CARTAS
Essa matéria valeu
"Olá. Sou uma pessoa que costuma criticar
bastante esse jornal. Mas, dessa vez, venho
aqui com muito prazer parabenizar o caderno
pela reportagem "Vida Verde" (30/6). Essa
matéria vale muito mais do que aquelas
sobre emo ou qualquer outro tipo de rótulo."
CONRADO E. DALLAGO, 19, São
Paulo, SP
Pagando de crítico 2
"A matéria sobre uniformes (ed. de 9/6)
deveria ter começado assim: "Eles têm a
SORTE de usar o uniforme na escola todos os
dias (...)'! Todo mundo que usa uniforme no
colégio vai sentir falta de não ter que
escolher uma roupa nova todas as manhãs.
Lógico que os colégios não deviam pegar no
pé do aluno por causa de um ajuste ou outro, mas um pouco
de noção também é bom, né! Eu não vejo coisa mais feia que
gente andando com calça moleton desfiada varrendo a
sujeira das calçadas."
ANNA PARK, 17, São Paulo, SP
Bronca no Álvaro
"Meu caro Álvaro, leio sua coluna há alguns anos e nunca
tinha lido tamanhas bobagens como nessa do dia 23/6.
Juro! Primeiro: chamar de desocupado quem acompanha um
blog de música? A maioria dos blogs NÃO é atualizada
DIARIAMENTE, portanto não há como acompanhá-los sendo
alguém desocupado, e sim alguém que sabe organizar seu
tempo. Segundo: falar que White Williams é "tosqueira
brava" já é ridículo vindo de um jornalista especializado em
música, mas só não foi pior que ter lido "tão ruim que eu
pensei que fosse brasileiro". O que isso quer dizer? A) Que
você odeia música brasileira? B) Que você não tem
capacidade para gostar de música brasileira? C) Além de já
ter metido pau no cinema nacional, você mostra também
seu preconceito contra a nossa música? D) Todas as
anteriores. Eu realmente chutaria a alternativa D, já que dá
pra ver que você é bem preconceituoso e que só o que for
estrangeiro -mesmo sendo um lixo- você adora e/ou
recomenda. Começa a escrever sua coluna em inglês."
MARCELO SANTOS COSTA
Bronca no Leandro
"O senhor Leandro Fortino, mais uma vez, me fez pensar
que diabos ele está fazendo num jornal importante como a
Folha. Dessa vez, a crítica descabida foi a respeito do álbum
"Third", do trio Portishead (ed. de 9/6). Primeiro, numa falta
de respeito total aos artistas, ele afirma que o disco
deveria se chamar "Last". No parágrafo seguinte, Fortino
fala sobre "as maluquices sonoras da cantora islandesa
Björk", uma ofensa ao maravilhoso experimentalismo da
cantora. No penúltimo parágrafo vem o maior absurdo: ele
preocupa-se com a correta pronúncia de um ditado popular:
"o erro faz com que o resto do texto falado perca muito o
sentido de equilíbrio que a banda queria passar". Eu fiquei
muito preocupado, tentando incansavelmente entender
como um simples erro de pronúncia em uma língua estranha
aos artistas poderia atrapalhar alguma coisa. O senhor
Fortino deve ser muito especial, a ponto de um simples
detalhe atrapalhar sua percepção do que ele, aliás,
SUPUNHA que os artistas queriam transmitir. Tudo isso me
faz pensar que ele vai contra o bom senso apenas para
suscitar polêmica, o que é um lamentável desperdício de
recursos e tempo. O caderno Folhateen deveria parar de
publicar seus comentários desrespeitosos, pois isso pode
até mesmo prejudicar os artistas."
LUÍS G. VELANI, 18, São José do Rio Preto, SP
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