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música
Receita de sucesso
Coldplay é mais vendido
seguindo fórmula pronta
JULIANA CALDERARI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"A motivação para
esse álbum foi a
música "Sing (to
Me)" do Blur.
Lembro-me de
ouvi-la e pensar, "Ok, precisamos melhorar como banda'",
afirmou o vocalista do Coldplay, Chris Martin, em entrevista para a imprensa no lançamento de "Viva la Vida". É justamente essa a impressão que a
banda passa durante todo o disco: provar que melhoraram.
A fórmula bem sucedida (estão em primeiro lugar nos EUA
e Inglaterra) da banda é explorada ao máximo nesse quarto
álbum. As melodias emotivas e
as letras com questionamentos
universais resultam em músicas tão grandiosas e épicas que
se tornam cansativas.
O álbum é todo permeado
por uma sensação de déjà vu,
em que você se pergunta onde
ouviu aquela música antes.
"Lover in Japan/Reign of Love", por exemplo, é puro U2.
Outro momento da empreitada pretensiosa da banda é a
capa de "Viva". Assinada pelo
designer Tappin Gofton, é uma
intervenção numa obra de Eugène Delacroix.
"É basicamente a idéia da
música "Viva la Vida", em que os
revolucionários estão batendo
na porta do palácio", disse o
guitarrista Jonny Buckland. "E
aí, piche os quadros com slogans e acabe com a obra de arte", completou Chris Martin.
O slogan, no caso, é o nome
da natureza morta pintada pela
mexicana Frida Kahlo. "Sobre
o título, nenhum de nós sabe ao
certo o porquê, exceto que era
como o álbum deveria ser chamado", tenta explicar o vocalista, em raro momento de espontaneidade.
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