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Cartas
Liberdade barrada
"A questão da aplicação da rígida lei seca
deveria ser meticulosamente analisada. Sem
dúvidas, graves casos de desrespeitos às leis
de trânsito estão associados à embriaguez.
Contudo, 0,3 decigramas de álcool por litro de
sangue não é sinônimo de descontrole
inconsciente do indivíduo. Desta maneira, a
liberdade de ação dos cidadãos não poderia
ser barrada de tal forma, uma vez que o limite
de álcool permitido atualmente, aprovado
através da lei, está longe de oferecer risco à
sociedade. Além do mais, a ênfase dada à
fiscalização da nova lei por parte dos órgãos
de segurança pública tem deixado com que
seríssimos problemas sociais não sejam
vistos com importância."
LORRINE PRADO, 17, Londrina, PR
Parabéns, Jairo!
"Como admirador do trabalho realizado pelo médico Jairo
Bouer, fico muito feliz em saber da sua posição favorável às
medidas recentes do governo no combate aos acidentes
causados pelo consumo do álcool. Conhecedor profundo do
universo dos jovens, Jairo Bouer, no artigo "Bebida e
direção, não" (ed. de 30/6), mostra-se sensato ao
reconhecer que as medidas, por mais que rigorosas, são
fundamentais para reverter o atual panorama de jovens,
bebida e direção. Uma geração com maior autocontrole e
responsabilidade é vista como utópica para muitos,
entretanto pode ser formado em longo prazo. Quando o
meio por si próprio não consegue reverter um estado, cabe
a um fator externo a ele fazê-lo. Assim, o governo está
atuando como o fator externo na melhora de uma
problemática oriunda de vários fatores -crise de valores,
mudanças culturais. Com isso, busca uma mudança de
comportamento que, mesmo lenta, é possível. A rigidez é a
base da disciplina que nos leva ao maior controle de nós
mesmos e, por conseguinte, a um maior conhecimento de
nossos limites. Parabéns pela posição, Jairo!"
LUCAS SAVARIS LINHARES
Cinema podre
"Simplesmente acho que a coluna de cinema deveria ter
dicas e sugestões que visam os interesses de todos os
jovens e que os mesmos gostem. Mas, na ultima edição, de 4
de agosto, os filmes de Zé do Caixão, com suas mensagens
satânicas, não me convenceram."
WAGNER SLOMPO, 16, Apiaí, SP
Velho demais
"Tá certo que já estou com 21 anos, teoricamente passei a
fase da adolescência e, portanto, não me encaixo mais no
perfil dos leitores do Folhateen. Mas há uma escassez tão
grande assim de temas para o caderno? Uma abordagem
elitista sobre a "lei seca'? Uma reportagem ignóbil sobre
BIGODES? E... UAU... Dois bigodes para recortar e colar no
meu buço! Perfeito! É realmente isso que eu espero do
caderno juvenil do maior jornal do país. Enfim, não vou mais
comentar sobre as reportagens fúteis do caderno. Eu me
resumo a dizer que o Folhateen está mais para a Folhinha
dos sábados do que para o Mais! dos domingos. É uma
lástima. Hoje, quando pego o jornal na segunda, eu vejo a
capa do caderno, dou risada ou choro, e vou logo para o fim,
ler a única coisa que presta: o quadrinho. Se um dia forem
reformular o Folhateen, espero que não tirem o quadrinho."
RENATO MATTAR, 21, São Paulo, SP
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