|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Passeata entre Consolação e Masp marca lançamento
DA REPORTAGEM LOCAL
"Está lançado o segundo CD
do Teatro Mágico", decretou
Fernando Anitelli, atirando para o alto uma cópia de "O Teatro Mágico: Segundo Ato".
O disco passou por cima da
pequena multidão de fãs no vão
do Masp, escapou de sua capinha e se espatifou no chão.
"Quebrou! Vamos lançar novamente o segundo CD do Teatro Mágico!", improvisou o músico, sob aplausos. Encerrava-se ali, na última quarta-feira, a
"ação de intervenção cultural"
promovida pela trupe para chamar a atenção dos paulistanos
para seu novo trabalho.
A estratégia de divulgação -a
idéia era caminhar do metrô
Consolação ao vão do Masp,
anunciando aos transeuntes
que poderiam comprar o CD a
R$ 5 ou baixar as faixas pela internet- acabou ganhando, para os incautos, ares de protesto.
Era uma manifestação pacífica, cujos gritos de guerra mais
enfáticos se resumiam a "os
opostos se distraem; os dispostos se atraem" ou "todo mundo
tem direito à música livre", mas
numerosa o suficiente para
convencer engravatados de que
a calçada oposta era uma opção
mais segura.
Comunidades
Sem euforia nem cenas de
tietagem explícita, os seguidores de Anitelli e cia. vinham se
juntando ao grupo desde o ponto de partida, no metrô Vila
Madalena. Chegavam e davam
tapinhas nas costas de seus ídolos, abraços, como amigos de
longa data na balada (amigos de
longa data na balada em geral
não pintam o rosto de branco
nem usam narizes vermelhos,
mas ali tudo parecia natural).
Em questão de minutos, passavam de uma centena.
"Eles são tão participativos
que não os consideramos fã-clubes. São comunidades", explicaria mais tarde Hilário, o
assessor da banda circense.
(RC)
Texto Anterior: Respeitável público Próximo Texto: Concurso dará entradas vitalícias Índice
|