São Paulo, segunda-feira, 24 de outubro de 2011 |
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VALE TUDO (EXCETO CURTO-CIRCUITO) "GIGANTES DE AÇO" É COMO "ROCKY", MAS NO LUGAR DE STALLONE HÁ ROBÔS BRIGÕES
IURI DE CASTRO TÔRRES ENVIADO ESPECIAL A LONDRES Atom é uma espécie de Anderson Silva. É grande, forte e quebra tudo no ringue. Mas com uma diferença: Atom é um robô do futuro. Essa é a ideia principal do filme "Gigantes de Aço", que estreou na última sexta-feira (21) e traz Hugh Jackman sem as garras de Wolverine. A ficção se passa no ano de 2020. Com o boxe ficando cada vez mais violento, os humanos decidiram que os robôs deveriam fazer o trabalho sujo. São criadas, então, máquinas extremamente violentas que brigam até morrer. Jackman interpreta um boxeador aposentado que sobrevive treinando robôs capengas em arenas decadentes. Entre uma derrota e outra, aparece Max, seu filho distante, interpretado com carisma por Dakota Goyo, 12. "É mais um filme de família do que de ação", diz Jackman ao Folhateen. Segundo o ator, o roteiro tem um "toque Spielberg", ao valorizar o lado humano das relações. Spielberg é produtor-executivo do longa. "É mais 'Rocky' do que 'Transformers'", compara Jackman, citando o clássico de boxe de Sylvester Stallone e a série de filmes de robôs. A relação conturbada entre pai e filho guia a história. Os dois são apaixonados por robôs e, entre uma briga e outra, reconstroem um "lutador" esquecido, o Atom. Com o aspecto frágil de quem surgiu das profundezas de um ferro-velho, Atom, feito um Karatê Kid de metal, treina duro até estar pronto para competir com outras potentes máquinas de guerra, como o temido Zeus. "AVATAR" "Filme de família" ou não, a pancadaria come solta. Para criar as lutas, o diretor Shawn Levy ("Uma Noite no Museu" e "Uma Noite Fora de Série") chamou a lenda do boxe Sugar Ray Leonard, ex-campeão mundial e olímpico. Lutadores profissionais vestiram roupas especiais com sensores que captavam seus movimentos, transferidos depois para os robôs. Técnica parecida foi usada por James Cameron em "Avatar". Para incrementar a atuação do elenco, a equipe de produção construiu réplicas em tamanho real dos robôs, que aparecem em algumas cenas. Jackman conta que não teve problemas para entrar no personagem, já que seu pai é ex-lutador de boxe. A preparação para Wolverine também incluiu aulas do esporte. O realismo das lutas no filme impressiona. Levy explica que uma das grandes inspirações foi o MMA (mixed martial arts) -o famoso vale-tudo de Anderson Silva, que mistura várias artes marciais. O Brasil é um dos grandes expoentes do gênero e é, inclusive, citado no filme, já que um dos robôs é banido da liga oficial e vem lutar aqui. O diretor faz mistério, mas uma continuação está nos planos e, segundo Levy, deve ter robôs de todo o mundo. O jornalista IURI DE CASTRO TÔRRES viajou a convite da Disney Texto Anterior: Internets - Ronaldo Lemos: iPad genérico indica futuro da tecnologia Próximo Texto: Vida real também tem combate de robôs Índice | Comunicar Erros |
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