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Mãos calejadas
Aos 42 anos, Rogério Ceni conta como começou a jogar no gol e dá dicas a iniciantes
Rogério Ceni, 42, um dos principais goleiros do mundo, decidiu jogar no gol quando tinha 15 anos. Sempre gostou de futebol, mas preferia outras posições.
Estreou em 1993 com a camisa do São Paulo, onde está até hoje. Desde então, são 1.203 jogos pelo tricolor e 126 gols. Além de usar bem as mãos, é um bom cobrador de pênaltis e faltas.
Esses números lhe renderam recordes no "Guinness Book", como o de goleiro que mais marcou gols e o de jogador que tem mais partidas pelo mesmo clube. Ele adiou a aposentadoria e renovou contrato até o fim da Libertadores, em agosto.
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Folhinha - O que lembra de quando começou?
Rogério Ceni - Comecei tarde. Brincava de fazer defesas com meu pai na sala de casa, no jardim, quando tinha uns cinco anos. Só decidi jogar no gol por volta dos 15, o que hoje é considerado tarde. Gostava de jogar na linha, até que meu pai me disse que, se quisesse jogar futebol, precisaria decidir a posição.
E o início da carreira?
Aos 16, fiz teste no Sinop Futebol Clube como goleiro e passei. Antes jogava pela brincadeira, nunca pensando em virar profissional. Esse foi o segredo: diversão. E não ser pressionado para virar profissional desde garoto --como muitas vezes acontece.
O que é preciso para ser um bom goleiro?
Entre 8 e 12 anos, não há característica necessária. Tem que fazer o que gosta. Com o tempo, deve-se observar altura, velocidade, dom. Isso se descobre sem neurose. O próprio garoto saberá se tem condições de ser profissional.