São Paulo, quarta-feira, 09 de fevereiro de 2011
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CARREIRA

Diplomacia corporativa cresce

Arquivo pessoal
Simone Azevedo em projeta que coordenava em Ruanda

Evolução das negociações econômicas muda perfil de formando em relações internacionais

DE SÃO PAULO

Para fazer relações internacionais, é preciso gostar de história, geografia e inglês, certo? Mas não é só isso.
Com a evolução das negociações comerciais feitas por empresas e governo brasileiros nos últimos anos, o aluno tem tido que mostrar afinidade também com matemática.
"Os primeiros cursos, na década de 1970, eram mais focados em política e diplomacia. Nos anos 2000, os negócios e as finanças cresceram em importância e influenciaram os currículos", afirma Rodrigo Cintra, coordenador do curso de relações internacionais da ESPM-SP.
Segundo Cintra, profissionais de relações internacionais, sobretudo em São Paulo, têm sido cada vez mais contratados por empresas para conduzir negócios com outros países, a chamada diplomacia corporativa.
Marcelo Korber, 22, é um exemplo. Mal saiu da universidade, já está empregado numa consultoria de relação com investidores. Entre seus clientes, estão empresas chinesas. "O número de fusões e aquisições tem aumentado. Saber lidar com diferentes culturas é um diferencial."
Ao ter contato com pessoas de outros países, é fundamental ter fluência em inglês -em escrita, leitura e fala. A habilidade será testada já ao longo do curso, quando o aluno terá de ler textos e assistir a aulas em inglês.
Simone Azevedo, 28, que hoje trabalha como gerente de projetos no Conselho Britânico em Brasília, fez um cronograma de estudos para reforçar seus conhecimentos em inglês e outras línguas.
Ao longo do ano, ela tinha aulas particulares de uma língua. Nas férias, fazia uma viagem de imersão e estudava um pouco mais. No fim de quatro anos, estudou inglês, espanhol, francês e italiano.
"Esse plano me abriu portas. Fui trabalhar numa ONG em Ruanda só porque dominava inglês e francês."
Eiiti Sato, coordenador do curso da UnB, o mais antigo do país, concorda, mas ressalva: "Saber inglês é importante, mas o mais importante é dominar o português".


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