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CARREIRA
Assistente social indica caminho para pessoas com problemas
Algumas atribuições são ajudar presos e a resolver problemas de trabalho
DA REPORTAGEM LOCAL
Conversar com dependentes
químicos, com homens que batem em suas mulheres, com jovens em liberdade assistida ou
presos. Para alguns, essas tarefas não parecem ser muito
agradáveis, mas a maioria dos
assistentes sociais gostam e
têm orgulho do que fazem.
Trabalhando em órgãos públicos, em ONGs ou em empresas privadas, são eles que atendem a funcionários que querem se queixar do trabalho ou
desabafar sobre um problema
particular e tentar resolvê-lo.
O assistente social não é psicólogo, mas ouve os problemas
e indica o melhor caminho para
saná-los. Para um alcoólatra,
por exemplo, o assistente vai
pesquisar onde há centros de
reabilitação próximos da casa
do trabalhador e dar dicas de
como ele pode tentar se livrar
do vício.
Audrey Cristina Soares, 24,
estuda serviço social na Unicsul e trabalha com jovens em liberdade assistida. "Sempre
gostei do lance de ajudar as pessoas", diz ela. "Adoro o que faço. A cada dia surge um caso novo." Ela conta que muitos colegas ainda não conseguem se
desfazer da carga negativa do
trabalho. "No começo, eu ficava
mal, mas aí fui aprendendo."
Adoção
Outro local em que o assistente social trabalha é em varas
de família e de infância, atendendo, por exemplo, a crianças
que esperam adoção e a adultos
que procuram adotar. O profissional faz um estudo sobre a
criança e sobre a família, para
ver se eles estão se adaptando
ao se conhecerem.
No Brasil, há mais de 300
graduações em serviço social
-faculdade do assistente social-, e um dos cursos mais antigos é o da PUC-SP (Pontifícia
Universidade Católica).
Os dois primeiros anos do
curso da PUC são mais teóricos, mas, a partir do quinto semestre, os alunos têm que fazer
o estágio obrigatório, que pode
ser cumprido na própria universidade ou fora.
"O assistente social é uma ligação entre o trabalhador e a
gerência", afirma a professora
Rosalina de Santa Cruz Leite,
vice-coordenadora da Faculdade de Serviço Social da PUC-SP, que tem cem vagas anuais.
As grades de cada escola variam, mas, dentre as disciplinas, há história do serviço social, ética e política social, como
na Unaerp, em Ribeirão Preto.
Sandra Regina de Abreu Pires, chefe do departamento de
serviço social da UEL (Universidade Estadual de Londrina),
diz que o perfil do assistente social é o de "uma pessoa dinâmica, que gosta de falar, de ler e de
escrever". Ela explica: "Falar,
porque ele vai ter que conversar com a outra pessoa. Ler e
escrever porque precisa fazer
relatórios das conversas".
Há dois anos, a UEL criou
uma residência em saúde pública, e, segundo Sandra, muitos recém-formados estão procurando a especialização. "Eles
se preparam melhor para a profissão."
(LUISA ALCANTARA E SILVA)
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