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ADMINISTRAÇÃO
Cursos diferem por causa de enfoques em certas disciplinas
Perfil da graduação pode ser conhecido pelo currículo
Filipe Redondo/Folha Imagem
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O administrador Beni escolheu o curso por influência da família
FERNANDA CALGARO
LUISA ALCANTARA E SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
Além de ser a graduação com
a maior oferta anual de vagas
no país (eram 520 mil em 2.836
instituições em 2006, segundo
o Censo da Educação Superior), os cursos de administração podem ser bem diferentes
uns dos outros, o que dificulta a
escolha do vestibulando.
Algumas instituições dão um
peso maior para certas disciplinas, como marketing ou hotelaria, e a graduação acaba tendo
um enfoque nessa área.
Antes, o próprio nome do
curso (exemplo: administração
hospitalar, administração em
recursos humanos etc.) dava
pistas do que estava por vir.
Com uma mudança na lei, que
determinou que, a partir do segundo semestre de 2007, não
houvesse mais habilitação, os
cursos ficaram mais generalistas, inclusive no nome, e passaram a ser simplesmente chamados de administração.
Mesmo sem as habilitações, a
variedade de ênfases no currículo continua. Uma dica para
conhecer o perfil da faculdade é
analisar a grade curricular e o
número de horas de cada disciplina -que costumam estar no
site. Isso ajuda a descobrir que
disciplinas são priorizadas.
A forte tradição em publicidade e marketing da ESPM, por
exemplo, faz com que administração traga uma carga maior
na área. "O curso é completo e
cumpre todos os requisitos para a profissão, com muitas horas de finanças e métodos
quantitativos, mas claro que
marketing tem um peso maior
do que em outras instituições",
diz Marcos Amatucci, diretor
nacional de graduação em cursos de administração da ESPM.
O bacharelado no Senac-SP,
por sua vez, tem como base o
empreendedorismo, diz Daniel
Garcia Corrêa, coordenador do
núcleo de empreendedorismo.
"Esse é um diferencial importante dentro da empresa e não
só para ter o negócio próprio."
No Mackenzie, o vestibulando pode escolher entre dois
cursos de administração: um
generalista e outro com ênfase
em comércio exterior.
Por sua localização, no interior de SP, o curso de administração da Unesp de Tupã foca o
agronegócio. "O conhecimento
pode ser aplicado em empresas
rurais", afirma Gessuir Pigatto,
coordenador do curso.
Na Faap, além de haver muitas disciplinas de empreendedorismo no curso, é possível o
aluno optar pela ênfase em hotelaria no segundo semestre.
Outras faculdades têm grades generalistas, como a FEA
(Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e
Atuária) da PUC-SP. "A idéia é
ensinar competências para lidar com vários aspectos de organizações de todos os tipos",
diz Elisabete Adami P. dos Santos, vice-diretora da faculdade.
A graduação da FEA-USP
também forma alunos com visões mais gerais. "O aluno sai
daqui sabendo de tudo, finanças, marketing etc.", afirma
Hamilton Luiz Corrêa, vice-coordenador do curso.
Na FGV (Fundação Getulio
Vargas), há administração de
empresas e pública, como conta André Samartini, assessor da
coordenação da graduação. "O
diploma é o mesmo, mas há
uma diferença curricular: uma
com enfoque em indústrias,
serviços e corporações, e a outra mais voltada para as diferentes esferas de governo."
A Fecap também tem um
curso generalista. "O mercado
absorve aqueles com visão
mais sistêmica", diz Edison Simone, pró-reitor de graduação.
Independentemente de o
curso ter foco ou não, é ao longo da faculdade que o aluno conhece as suas áreas de interesse. É o caso de Fabio Bottaro,
aluno da ESPM, que participou
do simulador de derivativos
virtual da BM&F no início do
ano e foi o campeão de faturamento. Com um capital inicial
fictício de R$ 150 mil, ele "ganhou", em quatro meses,
R$ 250 milhões no site, que
funciona como um treino para
investir na bolsa. "Quero trabalhar com isso um dia."
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