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NOVIDADES NA USP
Astronomia é curso inédito em SP
Serão 15 vagas para o campus da USP na capital paulista; aulas começam no início de 2009
Edson Silva/Folha Imagem
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Observatório da USP
LUISA ALCANTARA E SILVA
DA REDAÇÃO
A USP terá, a partir de 2009,
265 vagas a mais em sua graduação em quatro campi. As
novas oportunidades surgirão
com a criação de cursos e a ampliação de outros já existentes.
Do total, 75 vagas são para
dois cursos inéditos na USP: 15
em astronomia, na Cidade Universitária -a criação do curso
foi anunciada na quarta-feira
pelo Conselho Universitário da
USP-, e 60 em engenharia de
biossistemas, em Pirassununga
(211 km da capital) -curso que
já havia sido apresentado pelo
Fovest de 13 de maio.
Além disso, o órgão divulgou
a expansão de três graduações
já existentes na capital -estatística, educação física e medicina veterinária- para outros
campi da instituição.
A ampliação ainda inclui
mais vagas em outros dois cursos. Estatística, na capital, passará a ter 40 vagas, e não mais
30. As oportunidades para engenharia de produção mecânica, em São Carlos (232 km de
SP), passarão de 30 para 50.
Por outro lado, o número de
vagas no curso de meteorologia, na capital, cai de 40 para
30. Segundo Quirino Carmello,
pró-reitor da graduação substituto da USP, o corte foi decidido porque a carreira tinha pouca procura. "Há alguns anos, as
vagas haviam sido aumentadas
de 20 para 40", diz. "Agora, vimos que havia sido meio exagerado ter aumentado tanto."
Entre planetas
Criada para atender à demanda de alunos de outros cursos, a graduação em astronomia da USP será a segunda no
país. Segundo o Ministério da
Educação, até agora, só a Universidade Federal do Rio de Janeiro tinha autorização para
oferecê-la. Outras instituições
têm cursos tecnológicos na
área, e a USP tinha só habilitação em astronomia, mas não
um curso específico.
"Os alunos de física e de meteorologia sempre reclamavam
da falta de cursos específicos
de astronomia", afirma Jane
Hetem, uma das coordenadoras do novo curso. Segundo ela,
o projeto da carreira foi discutido por dois anos. "É complexo criar uma graduação séria
como a que queríamos."
O curso, que traz basicamente disciplinas das áreas de astronomia, física e matemática,
é voltado a estudantes com aptidão em exatas. Mas isso não
impossibilita que um aluno
mais interessado em matérias
de humanas possa cursá-lo.
Segundo Jane, o projeto pedagógico vai englobar várias
áreas, e cada aluno terá um
professor-tutor. "Ele [o tutor]
vai direcionar o graduando,
que pode, por exemplo, trabalhar com jornalismo científico", afirma Jane. "Não queremos só pesquisadores."
A infra-estrutura do IAG
(Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas)
não foi modificada para receber o curso de astronomia. O
observatório, a sala de informática e os computadores que
recebem imagens de um telescópio do Chile já eram utilizados e, segundo Jane, são modernos para o novo curso.
Trâmite
Segundo Carmello, o pró-reitor da graduação substituto,
para um curso ser aprovado na
USP, a unidade interessada em
criá-lo deve desenvolver um
projeto sobre a carreira e enviá-lo à Câmara Curricular e do
Vestibular. Depois de analisá-lo, esse órgão pode devolver o
projeto pedindo melhorias ou
aprová-lo.
Depois de aprovado, ele vai
para o Conselho de Graduação,
que dá a palavra final sobre o
mérito acadêmico do projeto.
Então, ele segue para o Conselho Universitário, composto
por duas comissões: a de Orçamento e Patrimônio, que analisa a parte financeira e de infra-estrutura, e a comissão de Claros e Docentes, que analisa a
necessidade de professores.
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