|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Crítica
Banda volta ao passado em cacetadas
DO ENVIADO A LONDRES
Bandas longevas
que cunharam um
som típico no início da carreira tendem a
revisitar esse som. O
R.E.M. faz isso com "Accelerate". O U2 reencontrou
o passado com "All that
You Can't Leave Behind".
Agora é a vez do Metallica.
Verdade que a banda californiana relutou em voltar a soar como nos primórdios. Alguém com 30
anos provavelmente não
se lembra do Metallica
lançando um álbum do
mais autêntico thrash metal. Quem foi jovem na década de 1990 conheceu o
Metallica com a radiofônica "Enter Sandman" ou na
MTV, já com o visual comportado, em que as vastas
cabeleiras deram lugar a
cortes mauricinhos.
Depois da terapia de "St.
Anger", uma regressão soa
até natural. "Death Magnectic" já abre com duas
cacetadas que poderiam
estar em "Master of Puppets", terceiro e mais cultuado trabalho do Metallica: "That Was Just Your
Life" e "The End of the Line". Ambas são cheias de
clichês do thrash metal
que o Metallica inventou.
O desfecho de "All
Nightmare Long" remete
ao de "Metal Militia", uma
das faixas mais poderosas
do disco de estréia da banda. "Suicide & Redemption" é ainda mais empolgante, até por ser totalmente instrumental. James Hetfield funciona
melhor tocando guitarra.
Em "Unforgiven III", única balada do CD, ele parece cantar os mesmos versos das anteriores.
Outra decepção do repertório é o "The Day that
Never Comes". Mas o final, com "My Apocalypse",
certamente lavará as almas dos fãs. Mais thrash
do que ela, só o logo original da banda, que volta em
"Death Magnetic".
(JFJ)
DEATH MAGNETIC
Artista: Metallica
Gravadora: Universal
Quanto: R$ 40, em média
Avaliação: bom
Texto Anterior: Pauleira Próximo Texto: Banda tenta agradar com caixãozinho Índice
|