São Paulo, segunda-feira, 01 de setembro de 2008

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Crítica

A questão humana move "Paradise Now"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A questão básica de "Paradise Now" (Megapix, 0h15; classificação indicativa não informada) é: como rapazes pacíficos, cuja primeira preocupação é viver, acabam se deixando recrutar para tarefas do tipo tornar-se homem-bomba?
As imagens de Hany Abu-Assad ajudam, de certa forma, a responder. Ele segue os últimos dois dias de dois rapazes recrutados por uma organização palestina para se tornarem homem-bomba em Israel.
A honestidade do filme consiste em mostrar um panorama amplo e ambíguo da questão do Oriente Médio. Sua agudeza se fixa muito mais em aspectos cotidianos nos territórios palestinos do que em questões políticas.
Mas elas existem e se misturam com particularidades religiosas a que o filme não fica indiferente. É a questão humana, no entanto, que mais chama a atenção do realizador. Como para tantos outros, o conflito, aqui, parece um fenômeno antes de tudo estarrecedor, porque serve muito mais à política do que às pessoas.


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