São Paulo, quarta-feira, 02 de novembro de 2011 |
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CRÍTICA DOCUMENTÁRIO Filme expõe frieza do uso de animais em pesquisas COLABORAÇÃO PARA A FOLHA O britânico James Marsh, que ficou conhecido por ter vencido o Oscar com "O Equilibrista" (2008), volta a seu terreno fronteiriço, onde documentário e recriação dramática se encontram, no perturbador "Projeto Nim". O filme acompanha a vida do chimpanzé Nim, que nasceu num centro de pesquisas de Oklahoma, em 1973, e foi escolhido para servir de cobaia num experimento sobre linguagem, conduzido pela Universidade de Columbia. Os cientistas, à época, queriam desconstruir a teoria de Chomsky e apostavam: se fosse criado como uma criança, e não como um macaco, Nim adquiriria a capacidade de se comunicar por meio da linguagem humana. Misturando material de arquivo, cenas reais, entrevistas e encenação, Marsh faz com que o espectador, primeiro, se derreta por Nim: ele adora a cadeira de balanço, tem um gato de estimação, bebe cerveja e é inteligente. Mas não demora para que a violência a que foi submetido exploda. Nim, que morreu em 2003, atravessou a vida no lugar errado. Foi essa sua tragédia. Marsh, na montagem, toma partido e, irônico, expõe a visão utilitária e fria dos cientistas e a contraditória relação dos homens com os animais. Muitos dos supostos protetores de Nim projetaram, no macaco, qualidades que são um espelho de suas próprias fraquezas. (APS) PROJETO NIM DIREÇÃO James Marsh QUANDO hoje, às 14, no Frei Caneca Unibanco Arteplex CLASSIFICAÇÃO 12 anos AVALIAÇÃO bom Texto Anterior: Crítica/Drama: Filme "Perdão de Sangue" fala sobre conflito entre gerações Próximo Texto: Diário da Calçada: Sonecas cinematográficas Índice | Comunicar Erros |
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