São Paulo, quarta-feira, 02 de novembro de 2011 |
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CRÍTICA ELETRÔNICA Justice dribla pressão com experiências não dançantes GAÍA PASSARELLI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA O tempo passou para o Justice desde que "We Are Your Friends" tomou o mundo de assalto lá no distante ano de 2007. Uma coisa, no entanto, não mudou: Gaspard Augé e Xavier de Rosnay continuam a seguir os passos de sua referência máxima: Daft Punk. Tanto nos longos hiatos criativos quanto no lançamento de extras e insistência na sonoridade que os consagrou, a estratégia do Justice para se manter relevante é muito parecida com a de seus conterrâneos e mentores. Musicalmente, "Audio, Video, Disco" pode parecer diferente da estreia do Justice com "†", mas não se engane: não há aqui nem sequer a intenção de mudança radical. O climão setentista moldado por teclados histéricos é bem parecido com os hits antigos. Só que, em alguns momentos, a dupla usa guitarras sintetizadas no lugar das batidas rápidas. "Civilization", o primeiro single, ecoa por um caro filme publicitário de marca de acessórios esportivos. Mas a isso segue a boa "Ohio", com vocais derretidos, e "Canon", que reaproxima os rapazes da época de "Nazareth" e "Genesis", mesmo efeito da faixa-título. As referências atuais e uma possível mudança musical são escancaradas em "On'n'On" e "Newlands" -sai Led Zeppelin, entram Pink Floyd e Yes. Nos momentos em que consegue se manter fiel à sonoridade que os consagrou, dando espaço para experiências não dançantes, é que "Audio, Video, Disco" se mostra esperto o suficiente e consegue driblar a pressão do segundo disco. O recado é que o Justice quer e pode fazer mais do que chacoalhar corpos ao redor do mundo, enquanto mantém sua sonoridade característica intocada. AUDIO, VIDEO, DISCO ARTISTA Justice GRAVADORA Warner Music (digital) QUANTO R$ 3,99 cada faixa AVALIAÇÃO bom Texto Anterior: Filha de Glauber Rocha estreia em CD autoral Próximo Texto: Duran Duran traz pop oitentista sem ranços Índice | Comunicar Erros |
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