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Galeristas reformam Liceu para montar Paralela
Para 4ª edição da mostra off-Bienal, que terá 60 artistas, galpão perto da Pinacoteca passa por reestruturação orçada em R$ 180 mil
FABIO CYPRIANO
DA REPORTAGEM LOCAL
Em sua quarta edição, a Paralela, mostra organizada pelas
principais galerias paulistanas
durante a Bienal de São Paulo
-a data de abertura é a mesma,
26/10-, irá gerar um espaço
expositivo para a cidade. Construído em 1912 e em desuso
desde 1990, um galpão de cerca
de 3.000 m2, que pertence ao
Liceu de Artes e Ofícios, será
reformado pelas 11 galerias
-entre elas Fortes Vilaça, Millan e Luisa Strina- que tomam parte do evento.
"A intenção é dar continuidade, utilizando o espaço para
eventos de arte e cultura que
estejam "linkados" aos cursos
profissionalizantes que o Liceu
promove e pretende ampliar",
diz Patrícia Macedo, diretora
da instituição privada.
Um dos interessados é o governo do Estado: "Nós queremos ficar com ele, se for possível queremos alugá-lo para fazer uma unidade da Pinacoteca
até que a nova extensão, com
previsão de abertura para 2011,
seja inaugurada", diz Ronaldo
Bianchi, secretário-adjunto de
Cultura do Estado de São Paulo. Segundo Luciana Brito, da
galeria Brito Cimino, foi Bianchi quem sugeriu o Liceu: "Ele
sabia que o espaço era viável e
foi o melhor dos vários e incríveis locais que nós visitamos".
Para a reforma do galpão,
que fica perto da Pinacoteca,
do outro lado da avenida Tiradentes, as galerias vão desembolsar R$ 180 mil, valor que pode ser coberto por patrocínio.
"Nosso orçamento inicial era
de R$ 1,2 milhão, com catálogo
e monitoria, mas nesse momento temos um orçamento de
R$ 650 mil, que inclui a reforma", diz Márcia Fortes, da galeria Fortes Vilaça.
A curadoria desta edição da
Paralela está a cargo de Rodrigo Moura, curador do Centro
de Arte Contemporânea Inhotim, em Minas Gerais, que selecionou 60 artistas para a mostra, contra os 146 de 12 galerias
da edição anterior.
"Acho que é importante
mostrar o artista com profundidade e qualidade. Exposições
com muitos artistas acabam
massificando demais a produção, achatando", diz Moura.
NA INTERNET
www.folha.com.br/082461
veja lista completa de artistas
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