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Em livro a ser lançado, críticos de arte avaliam legado e obra do francês
MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL
É uma espécie de provocação
que Sonia Salzstein, professora
de artes plásticas na ECA-USP,
quer promover ao lançar o segundo volume recente no Brasil sobre a obra de Matisse.
"Funciona como se eu perguntasse: afinal, ainda há mais
algo a falar sobre Matisse?",
pergunta ela, respondendo,
com ênfase, que "sim, o livro
provará que há muito a se descobrir sobre o artista".
Ainda sem título, a publicação da Cosac Naify -que também lançou, em dezembro passado, "Henri Matisse -Escritos
e Reflexões sobre Arte", organizado por Dominique Fourcade- reunirá ensaios clássicos
sobre o artista francês, textos
feitos especialmente para o livro de críticos de renome internacional e também de artistas
brasileiros.
"É mais que oportuno revisitar temas já consagrados pelo
moderno, que já têm uma biografia estabelecida", afirma
Salzstein, também responsável
pela publicação de "Escritos...".
"Também é importante que
se fixe um olhar brasileiro sobre a obra de um artista da envergadura de Matisse, é um
grande desafio", diz ela. Do
Brasil, a edição terá ensaios dos
artistas Iole de Freitas e Paulo
Pasta, do crítico de arte Ronaldo Brito e da própria Salzstein,
que prevê o lançamento do livro para setembro.
De leituras "mais formalistas", a organizadora lista ensaios dos norte-americanos
Clement Greenberg (1909-1994) e Alfred H. Barr (1902-1981) e do britânico Roger Fry
(1866-1934).
Nomes prestigiados na crítica de arte atual assinam outras
análises, como o alemão Robert
Kudielka, com um texto antes
só publicado em alemão; o franco-argelino Yve Alain Bois, 56,
com um ensaio que esteve antes no jornal americano "October"; e, com textos exclusivos
para a edição, o britânico T.J.
Clark e a suíça Ann Hindry.
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