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DEBATE
A rede britânica, a norte-americana PBS e a alemã WDR tomam parte de encontro convocado pela TVE do Rio
BBC traz seu modelo à TV pública nacional
LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A TVE do Rio está tomando as
rédeas do debate sobre o modelo
de emissoras públicas no país.
Realizará na próxima quarta e
quinta-feira um encontro com intelectuais e representantes do governo Lula, de TVs educativas estaduais e de três redes estrangeiras: a inglesa BBC, a norte-americana PBS e a alemã WDR.
Sob o mote "O Desafio da TV
Pública", o grupo buscará meios
de gerenciar financeiramente essas estações, manter sua independência em relação aos governos
(atualmente responsáveis pela
maior parte do sustento) e a qualidade da programação.
"O conceito de TV pública no
Brasil é muito novo e precisa evoluir. Por isso convidamos as três
TVs públicas estrangeiras, que
são mais solidificadas. Assim, poderemos ter um parâmetro para
conversar sobre a experiência
brasileira", diz Beth Carmona, 46,
presidente da TVE.
Além dos enviados dessas emissoras, entre os presentes estarão
Jorge da Cunha Lima (TV Cultura), Eugênio Bucci (Radiobrás),
Gabriel Priolli (TV PUC de SP),
Laurindo Lalo Leal (ONG TVer) e
o antropólogo Hermano Vianna.
O debate será no Centro Cultural
Banco do Brasil do Rio, apenas
para convidados, com cobertura
pelo site www.tvebrasil.com.br.
Carmona
Esse será o primeiro encontro
de porte nacional produzido na
TVE por Carmona, que teve o
currículo marcado por dirigir a
programação da TV Cultura nos
tempos do "Castelo Rá-Tim-Bum" e por atuar em canais internacionais. Escolhida para o cargo
pelo ministro Luiz Gushiken (Secom), concilia apoio do Planalto
com prestígio no meio.
É considerada hoje um dos
principais nomes no projeto das
TVs educativas e públicas de formar uma rede nacional.
Em cadeia, as emissoras esperam conquistar mais apoio institucional no mercado, diminuindo
suas dificuldades financeiras. A
TVE do Rio recebe cerca de R$ 18
milhões do governo federal (a TV
Cultura, por exemplo, obtém por
volta de R$ 90 mi do Estado de
SP). A verba, que seria insuficiente até para os custos do canal, tem
de ser complementada por parcerias e apoios institucionais.
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