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Volume da Coleção Folha traz "voz de travesseiro" de Dick Farney
Livro-CD do cantor e pianista chega às bancas amanhã, junto com primeiro número
DA REPORTAGEM LOCAL
Nos anos 40, ele introduziu
um estilo sensual e calmo de
cantar, conhecido como "voz
de travesseiro". O cantor e pianista Dick Farney (1921-1987) é
o personagem do segundo volume da Coleção Folha 50 Anos
de Bossa Nova, que chega às
bancas amanhã, junto com o livro-CD dedicado a Tom Jobim.
Ídolo da adolescência de músicos da primeira geração da
bossa, como Roberto Menescal
e Carlos Lyra, ele antecipou o
moderno estilo de interpretar o
samba que tem como marco
oficial as gravações de João Gilberto, em 1958. Carioca da Tijuca, Farnésio Dutra e Silva
(seu nome de batismo) vinha
de uma família abastada e ligada à música erudita. Ainda na
infância se apaixonou pelo jazz,
gênero que se popularizou naquela época graças ao advento
do cinema falado e dos discos.
Estreou aos 13, tocando Chopin na rádio Guanabara, mas
três anos depois já fazia parte
do grupo Swing Maníacos. Nos
anos 40, assumiu o piano da orquestra de danças do Cassino
da Urca. Chamado de "americanizado" por cantar só em inglês no início da carreira, Farney se rendeu à música brasileira, em 1946, ao gravar o moderno samba-canção "Copacabana" (João de Barro/ Alberto
Ribeiro). Essa gravação está no
CD que acompanha seu volume
na série, ao lado de outros clássicos, como "Tereza da Praia"
(Tom Jobim/ Billy Blanco),
"Marina" (Dorival Caymmi) e
"Uma Loura" (Hervê Cordovil).
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