São Paulo, terça-feira, 09 de setembro de 2008

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TELEVISÃO

Crítica

Capra cria protótipos de homens públicos

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Ninguém deve condenar um filme por "fazer caricatura" de alguém ou alguma coisa antes de ver as obras de Frank Capra, como "A Felicidade Não se Compra" (TCM, 22h; livre).
Pois Capra não faz senão caricaturas. O banqueiro (Lionel Barrymore) que só quer a empresa imobiliária de que toma conta trabalhando exclusivamente para dar lucros fenomenais não é senão uma caricatura. Seu oponente (James Stewart) julga que a empresa deve confiar nas pessoas e servir à população.
Podemos dizer que é outra caricatura. Mais justo, no entanto, é perceber que aí estão protótipos perfeitos do que imaginamos como homens públicos -bons ou maus. É improvável que algum deles exista em estado puro. Pouco importa. O essencial é que entendemos vendo este filme, mais do que qualquer outro, o que é o bem comum e o que não é. E olha que esse nem é o assunto principal do filme, que vem com a questão: o que é e quanto vale a vida de um homem?


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