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Crítica
Homem-Aranha retorna narcisista em 3º filme
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Se coube ao Homem-Aranha
ser, desde sempre, um herói
conflituoso, neste "Homem-Aranha 3" (HBO, 23h20; classificação indicativa não informada) o herói é acometido já
no início de uma crise de narcisismo. Se no passado sempre
tivera a imprensa como inimiga e a desconfiança da população, agora é aplaudido em cena
aberta, mesmo se nada faz.
Sua identidade secreta, fonte
de tantas dores, está revelada.
Ele quer propor casamento à
amada Mary Jane. Mas tudo
que faz é passá-la para trás.
No filme, à parte os inimigos
e aventuras que terá pela frente, o Homem-Aranha tem o dilema que super-heróis enfrentam: qual a hora de parar, antes
de virar um caça-níqueis?
Ainda hoje, a comédia "Não
Faça Ondas" (TCM, 14h; classificação indicativa não informada) traz Claudia Cardinale e
um raro exemplo de atriz italiana se dando bem nos EUA.
Depois, às 15h40, mais mar,
mas outro é o sentido: passa
"Náufragos do Titanic"
(TCM; classificação indicativa
não informada).
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