São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 2005 |
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ERIKA PALOMINO HIP HOP UNE TODAS AS CORES DE SÃO PAULO
Nem tecno nem trance nem
house nem drum'n'bass. O
ritmo que une São Paulo
hoje é o hip hop. As batidas
negras do gênero desconhecem
classes sociais e bolsos: agradam
tanto aos ricos que pagam R$
150 para ver o Ja Rule, à elite das
quartas-feiras sob o ar-condicionado da Lotus, às celebridades de boné que freqüentam a
Heaven, quanto ao povão raiz
que enche as noites de KL Jay,
dos Racionais, na Bela Vista. Colaborou Sergio Amaral CONVERSINHA É o mês do orgulho gay, com a nona edição da Parada do Orgulho GLBT rolando dia 29 e bees de todo o Brasil confluindo para São Paulo. Então trocamos uma idéia com Bruno Gagliasso, um fofo, que está arrasando em "América" no papel de Junior, um menino que começa a descobrir que é gay. Cheio de idealismo romântico, o ator de 23 anos está animado com a possibilidade de "exercer uma participação social" com seu personagem. E garante que está morrendo de vontade de ir à parada. Quem vai sair na frente e convidar?? Arrasa, Bruno! Folha - Como você criou o personagem? Fez laboratório, foi a clubes gays...? Bruno Gagliasso - Fiz questão de que o Junior não fosse caricato, para isso percorri dois caminhos: uma pesquisa de campo, em vários ambientes gays, e uma mais racional, feita através de livros, como "O Amor Companheiro", de Francisco Daudt, e filmes, como "Morte em Veneza", de Visconti. Folha - Você se importaria de beijar um outro homem na novela? Gagliasso - Claro que não. Se o beijo acontecer, será bem-vindo. Se não acontecer, não fará diferença. O importante é que Glória [Perez], através do Juninho, consiga conquistar a liberdade para que todo ser humano possa beijar quem quiser, independentemente da identidade sexual. Beijo é ato de amor. Folha - As pessoas têm reagido bem ao Junior? Gagliasso - Sim. O público está acompanhando o dilema do Junior, não por trejeitos externos, mas por um trabalho de construção interior. Junior é amor e medo. É um artista urbano e do bem, informado, mas só agora começou a encarar sua verdadeira identidade. Folha - Você já esteve em alguma Parada Gay? Gagliasso - Nunca fui por falta de oportunidade, mas iria com prazer. Folha - O que mais você está fazendo? Gagliasso - Paralelamente à novela, estou muito animado com o livro "Atitude Amor", que estou terminando de escrever. Texto Anterior: Mondo Cannes Próximo Texto: 10 Marcas legais da Fuxique/Garimpo Índice |
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