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FILMES DE HOJE
TV ABERTA
Eddie Murphy dá passo em falso com "Dr. Dolittle"
Dr. Dolittle
Globo, 13h15.
EUA, 98, 85 min. Direção: Betty Thomas.
Com Eddie Murphy, Ossie Davis. Murphy
faz John Dolittle, o médico que recupera
a horas tantas o dom de falar com os
animais que tinha quando era criança.
Outro passo em falso de Murphy, em
filme para gosto estritamente infantil.
Dona Violante Miranda
Cultura, 15h30.
Brasil, 60, 75 min. Direção: Fernando de
Barros. Com Dercy Gonçalves, Celso
Faria. A base, uma peça de Abílio Pereira
de Almeida, é muito boa. Dona Violante
é a ex-dona de bordel que educa com
enorme dedicação a filha de uma de suas
meninas, que morreu, passando-se por
sua avó. Já adulta, no entanto, ela terá
seu passado revelado. P&B.
Lucky Luke
Record, 18h.
Itália, 91, 83 min. Direção: Terence Hill.
Com Terence Hill, Nancy Morgan. Hill
dirige e interpreta o herói do Oeste
criado por René Goscinny para HQs
menos felizes que as de Astérix.
Até as Últimas Consequências
SBT, 23h.
(Set It Off). EUA, 96, 123 min. Direção: F.
Gary Gray. Com Jada Pinkett, Blair
Underwood. Em aperto financeiro
profundo, quatro mulheres negras
planejam assalto a banco. Apesar do
cerco da polícia, ainda haverá tempo,
também, para algum romance. Filme
mal recebido nos EUA.
Legionário
Globo, 23h.
(Legionnaire). EUA, 98, 99 min. Direção:
Peter MacDonald. Com Jean-Claude van
Damme, Adewale Akinnouye-Agbaje.
Van Damme é o lutador Alain Lefèvre, a
quem mafiosos dão ordem para perder
um combate. Estamos em 1924, e Van
Damme já era Van Damme, de maneira
que ele não consegue dobrar o seu
instinto de vencedor, ganha a luta e vai
acabar na Legião Estrangeira, a mesma
em que o Gordo e o Magro uma vez se
refugiaram, na tentativa de curar dores
de amor.
A Grande Ilusão
Bandeirantes, 0h30.
(All the King's Men). EUA, 49, 109 min.
Direção: Robert Rossen. Com Broderick
Crawford, John Ireland. A vida de político
que cria força e, embora provinciano,
consegue se eleger governador. O
futuro, porém, não será sopa para ele.
Filme que Rossen fez de forma
independente no tempo em que tentava
demonstrar que não era comunista
(tinha sido). Oscar de melhor filme, mas
inferior ao "A Grande Ilusão" de Jean
Renoir. P&B. Legendado.
(IA)
TV PAGA
Cinema vira apenas veículo para Elvis Presley
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
A palavra "veículo", aplicada ao cinema, significa aquele tipo de filme feito antes de mais
nada em função de uma estrela,
de seu tipo. A nada ela calharia
melhor do que a Elvis Presley e
seus filmes. Pois com Elvis tudo
quase sempre gira, literalmente,
em torno dele, todo o interesse
vem dele e volta para ele.
É um pouco como os filmes de
Mazzaropi, no Brasil: enquanto a
ação estava com o galã e a mocinha, por exemplo, a platéia conversava e comia pipoca. Quando
Mazzaropi entrava em cena, todos começavam a rir, e ele não
precisava fazer nada, só andar.
O filme que abre o ciclo dedicado a Elvis, no Telecine, é "Saudades de um Pracinha". Para quem
gosta de cinema, vale muito menos que "Get Crazy, na Zorra do
Rock", que a emissora apresenta
antes.
"Saudades de um Pracinha" talvez não tenha sido o maior sucesso de Elvis. Não é, seguramente,
seu melhor filme (é, folgado,
"Amor a Toda Velocidade", que
não está no ciclo). Mas o cinema
não importava nada aos fãs de Elvis, exceto como veículo.
O certo é que "Saudades de um
Pracinha" marcou a volta de Elvis
do serviço militar, fato que na
época causou comoção mundial.
Ele não faz nada muito diferente
de quase todos os seus filmes:
canta, e cantando seduz a garota
que conta. Mas o serviço prestado
à pátria atribuía ao filme um viés
mais realista (e igualitário, convém lembrar) do que, por exemplo, ele ser garçom ou salva-vidas.
GET CRAZY, NA ZORRA DO ROCK.
Quando: hoje, às 20h10, no Telecine
Happy.
SAUDADES DE UM PRACINHA.
Quando: hoje, às 21h45, no Telecine
Happy.
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