São Paulo, domingo, 13 de julho de 2008 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MAM 60 ANOS Nosso papel é ser agente de mudanças sociais
Presidente da instituição ressalta ação educativa e aumento do acervo do museu
Há 14 anos à frente do Museu
de Arte Moderna de São Paulo,
Milú Villela, 61, aumentou em
mais de 100% o acervo da instituição, elevando sua coleção de
2.000 para 5.000 obras, a maior
parte dela por meio de doações.
O resultado que lhe dá mais
orgulho, contudo, é a ação educativa do museu, que atendeu a
quase 30% do total de seu público em 2007. Dos 162 mil visitantes que passaram pelas catracas do museu, no ano passado, 46 mil foram atendidos por
monitores.
"O educativo é nossa prioridade e minha menina dos
olhos", disse Villela à Folha na
última semana de junho. Esse é
um dos assuntos abordados a
partir de perguntas elaboradas
por curadores, galeristas, artistas e diretores de algumas das
principais instituições culturais da cidade.
Leia a seguir a entrevista. LEDA CATUNDA (artista) - Cara Milú,
se de repente, remexendo no acervo
do museu, você encontrasse a lâmpada maravilhosa e dela saísse o gênio do museu, quais seriam seus três
desejos para o MAM? MARCELO ARAUJO (diretor da Pinacoteca) - Quais são, na sua visão, os
maiores desafios enfrentados pelo
MAM no seu 60º aniversário? RICARDO OHTAKE (diretor do Instituto
Tomie Ohtake) - Você não teve vontade de que o MAM tivesse adquirido
a coleção Adolpho Leirner? O que
acha de a coleção ter saído do país? LUISA STRINA (galerista) - Se levarmos em conta seu acervo e seu programa de aquisições, o MAM talvez
seja um dos museus mais restritos
em termos de espaço expositivo, o
que limita muitíssimo sua atuação
há muitos anos. Algumas soluções
já foram apresentadas, mas, nesse
momento, quais são as perspectivas
para a ampliação do espaço do museu? Quando, afinal, teremos o acervo, ou boa parte dele, permanentemente à mostra ao público? FOLHA - Mas por que não há um
apoio da sociedade civil, como existe nos Estados Unidos? Lá, o MoMA
tem cem mil associados... IVO MESQUITA (curador da 28ª Bienal
de SP) - Qual a sua opinião sobre o
atual debate em torno da necessidade de reforma das leis de incentivo à
cultura? MÁRCIA FORTES (galerista) - Sabemos que a contínua formação de um
acervo com obras relevantes da produção nacional é um dos principais
desafios dos museus brasileiros. Como o MAM busca vencer esse desafio? PAULO HERKENHOFF (curador) - Há
quatro anos, o Brasil viu a Fundação
Vitae se extinguir sem motivos políticos ou financeiros. Você considera
que o MinC tem condições técnicas e
políticas, infra-estrutura e recursos
para substituir a impecável atuação
da Vitae, uma iniciativa da sociedade civil? LISBETH REBOLO GONÇALVES (diretora
do Museu de Arte Contemporânea de São
Paulo) - Como vê as mudanças que
estão acontecendo no parque Ibirapuera, com a instalação de novos
museus transformando-o num pólo
cultural de São Paulo? JOSÉ DO NASCIMENTO JÚNIOR (diretor
do Departamento de Museus do Ministério da Cultura) - Para tornar os museus
agentes de mudança social e desenvolvimento, qual é o papel das
atuais políticas públicas para a área
museológica? E como você vê o
MAM nesse contexto? |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |